A guerra na Ucrânia completou um mês na quinta-feira (24) passada. Se trata do maior conflito militar desde à Segunda Guerra Mundial, ocorrida entre 1939 e 1945. Apesar disso, enquanto os noticiários divulgam imagens de destruição e mortes, a Igreja de Cristo tem se mobilizado para salvar a vida das vítimas do confronto, especialmente os refugiados ucranianos.
Um exemplo disso é o trabalho feito pela organização missionária Global Kingdom Partnership Network (GKPN), fundada pelo pastor brasileiro Elias Dantas. A entidade conseguiu reunir o apoio de pelo menos 100 mil igrejas ao redor do mundo, a fim de oferecer suporte espiritual e humanitário às vítimas da guerra.
“Mais de 100 mil igrejas espalhadas em 108 países fazem parte desse movimento. Nosso desejo é amar e cuidar dessas pessoas”, disse o pastor durante entrevista à CNN Brasil. O Brasil, por sua vez, não está de fora desse trabalho.
Isso porque, segundo o pastor Dantas, os refugiados ucranianos também já estão recebendo acolhida por igrejas em território nacional. Em apenas uma semana, 300 pessoas foram recebidas no país. “Eles decidem para onde querem ir, então aqueles que estão chegando ao Brasil foi por escolha própria”, disse ele.
“Não é uma casa compartilhada, mas separada, com comida, vestimentas, itens de saúde, recursos para as crianças e curso de português para os pais”, destacou o pastor. A ação da GKPN também tem feito a diferença fora do Brasil.
Em Lviv, por exemplo, uma das cidades da Ucrânia alvo dos russos, Dantas atuou para ajudar no resgate de 1.200 crianças órfãs. Muitas delas foram abandonadas pelos pais no meio da guerra, enquanto outras os perderam na luta contra a Rússia.
“As igrejas estão cuidando das crianças para que no futuro elas não caiam na prostituição ou no tráfico de órgãos. Há muita tragédia na guerra”, disse Dantas sobre a iniciativa, conforme notícia do Gospel Mais.
Sobre os recursos utilizados pelo projeto GKPN, que são muito altos, o pastor Dantas garantiu que não há qualquer interesse de cunho político, mas exclusivamente humanitário e, sobretudo, missionário. Todo o trabalho é feito com as doações das igrejas envolvidas.
“Não estamos buscando nenhum ‘tostão’ do governo. Nós não queremos. E não há envolvimento político de direita, esquerda ou de centro. É o amor de Deus. Queremos ajudar as pessoas”, disse ele.