Mesmo em meio aos horrores da guerra na Ucrânia, a Igreja de Cristo tem atuado de forma exemplar, levando esperança, acolhimento e testemunho para milhões de pessoas assoladas pelo conflito provocado pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
A prova disso está no crescimento das denominações, incluindo as de vertente pentecostal, como a Assembleia de Deus, que tem relatado um aumento exponencial de pessoas buscando a Deus em seus locais de culto.
“As pessoas ouviram a mensagem das Boas Novas. Muitos se arrependeram, foram discipulados e batizados”, declarou Mykhailo Panochko, presidente da Igreja Pentecostal da Ucrânia.
Segundo o líder religioso, o crescimento tem sido tão acentuado que já faltam líderes para dar conta do número de novos convertidos que precisam de discipulado. As vítimas da guerra querem respostas e estão encontrando isso através do olhar espiritual sobre os acontecimentos.
“Todo mundo tem muitas perguntas sobre a situação atual, mas também sobre o destino futuro de suas almas”, disse Panochko. “A invasão em grande escala nos mostrou o incrível potencial da igreja no ministério para nossa nação”, destacou.
A face humanitária
Para o líder pentecostal, a guerra acabou servindo para acentuar algo já muito bem registrado pela história do cristianismo, que é a face humanitária da Igreja Cristã. Isto é, na prática, a demonstração de empatia e amor ao próximo dos seguidores de Jesus.
Desde que o conflito russo-ucraniano foi desencadeado, inúmeras igrejas se mobilizaram para socorrer as vítimas, oferecendo vias de escape, abrigos, roupas, comida e calor humano.
Isso fez com que muitos não crentes conhecessem a fé em Cristo através do testemunho dos cristãos, na prática, o que terminou impactando as suas vidas e os fazendo se aproximar das igrejas, dessa vez com um novo olhar.
“As igrejas começaram imediatamente grandes projetos sociais para ajudar as pessoas necessitadas. As igrejas pentecostais resgataram e evacuaram 100.000 pessoas das zonas de combate”, disse Panochko.
Além do acolhimento humanitário, obviamente existe o espiritual. É o “pão da vida” sendo oferecido para os que têm fome e sede de justiça, trazendo compreensão sobre os fatos que, no contexto de uma guerra, não podem ser entendidos humanamente.
“A Igreja entendeu que este é o melhor momento para mostrar a compaixão de Jesus aos necessitados. Além de todo o apoio humanitário, demos às pessoas mais de 1 milhão de exemplares do Novo Testamento”, conclui Panochko, segundo o Guiame.
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