As relações entre os psicólogos cristãos e os conselhos regionais de psicologia voltaram à tona com uma determinação que o Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC) recebeu da Comissão de Orientação e Fiscalização do Conselho Regional de Psicologia (CRP) de Minas Gerais.
De acordo com o site Verdade Gospel, na notificação oficial, o CRP exigiu que o fossem retiradas do site da associação as palavras: “Psicólogo”, “Cristão” e “Psicologia Cristã”, como também informações sobre os profissionais associados, sob pena de serem penalizados, inclusive pelo Conselho Federal de Psicologia.
Porém, no site do CPPC, o grupo afirma que não defende a existência de uma psicologia cristã, mas sim que cristãos pratiquem a psicologia, sem negar sua fé.
– Acreditamos que não é adequado falar que praticamos “Psicologia Cristã/Psiquiatria Cristã”, como se fosse uma ciência diferente da que aprendemos nas universidades. Não é. O diferencial nesse caso somos nós, as pessoas que a praticam, nós é que somos cristãos – afirma o site.
Essa situação é semelhante à sofrida recentemente pela psicóloga Marisa Lobo, que foi pressionada a retirar de seu site e perfis em redes sociais termos que relacionassem o exercício de sua profissão como psicóloga com sua fé cristã.
O CPPC afirma que a questão foi discutida na Diretoria Nacional e que junto com o Conselho Consultivo foi buscada assessoria de advogados para a questão. Agora, o Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos está aguardando o posicionamento do Conselho Regional sobre o assunto.
A legislação atual permite que Conselhos profissionais fiscalizem o exercício da profissão de psicólogo, mas não têm competência para controlar associações civis, como é o caso do CPPC.
Em comunicado aos associados da CPPC, inclusive os de Minas Gerais, o presidente da associação, Karl Kepler, pede serenidade.
– Que nos juntemos em oração, pois é só de Deus que depende o bom resultado desse confronto. Que Ele nos conceda a coragem para continuar como testemunhas da Verdade, inclusive sobre nossa fé, mas com a sabedoria e mansidão necessária para falar aos que não partilham dela – diz Kepler em nota.
Redação Gospel+