Atualmente a Nigéria ocupa a posição de número 12° na lista de países que mais perseguem os cristãos no mundo, segundo informações da organização internacional Portas Abertas. Os números que dão respaldo a essa classificação são alarmantes e têm aumentado gradualmente.
Recentemente, por exemplo, em 26 de maio, um grupo de homens supostamente da etnia Fulani atacou vários cristãos que voltavam para casa após um culto em Jos, na Nigéria.
Os cristãos foram covardemente agredidos e sete deles morreram, segundo uma testemunha local identificada como Peter Sarki. Em outro ataque, o mesmo grupo matou um cristão que era membro da Igreja Evangélica Vencendo Todos (ECWA), na área de Rikkos, em 20 de maio.
Sarki disse que 12 casas foram queimada e mais 12 cristãos ficaram feridos nas áreas de Rikkos, Angwan Rukuba, Tina Junction, Cele Bridge, Dutse Uku e Yan Trailer, segundo o Evangelical Focus.
Para o líder da Associação de cristãos Arewa e pastores indígenas (ACIPA) da Nigéria, Luke Shehu, o número de casas queimadas e cristãos mortos é ainda maior.
“Apesar da intervenção dos agentes de segurança, em menos de 12 horas cerca de 30 cristãos foram mortos e mais de 20 casas foram queimadas ou destruídas pela milícia muçulmana”, disse ele, revelando que os criminosos possuem características de organização.
“Algumas [milícia] em uniformes militares do entroncamento de Tina, ponte Cele, áreas de Dutse Uku e Nasarawa. Comunidades muçulmanas em Jos North”, disse o Pastor Shehu. Ainda segundo o líder religioso, esses ataques em sequência fazem parte de uma “fulanização e islamização” planejada da Nigéria.
A declaração do pastor Shehu é de grande preocupação porque encontra respaldo na onda de perseguição religiosa que tem afetado os cristãos na Nigéria nos últimos anos, e isso em grande parte devido à cumplicidade do governo, em particular do seu presidente, Muhammadu Buhari, que pertence à etnia Fulani, uma das grandes responsáveis pelos ataques ao seguidores de Cristo em seu país.