A perseguição religiosa aos cristão em várias partes do mundo, ao que parece, está sendo banalizada por autoridades e governos internacionais. Apenas na República Federal da Nigéria, região que contempla 36 estados, além da capital, na África Ocidental, 80 cristãos já foram assassinados nos três primeiros meses desse ano por confessarem a fé em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador.
As denúncias partiram da International Christian Concern, organização dedicada a monitorar o nível de perseguição religiosa aos cristãos em várias partes do mundo. A maioria dos ataques na região foram cometidos pela etnia Fulani e pelo grupo terrorista Boko Haram, ambos de confissão islâmica, considerados extremistas.
Em dezembro do ano passado, por exemplo, noticiamos quando os seguidores de Maomé nessa tribo Fulani executaram 100 cristãos do estado de Adamawa, após uma mulher cristã grávida da região de Numan ter sido estuprada e assassinada em sua fazenda pelos integrantes da tribo. Os cristãos locais tentaram intervir, mas foram duramente reprimidos com violência e mortes.
Em outro exemplo mais recente, denunciamos que os Fulani também incendaram 12 casas, assassinando vários cristãos na aldeia de Zanwra. Em todos esses casos, os líderes cristãos locais suspeitam que os extremistas islâmicos estão agindo com o apoio do governo, em especial os militares, o que pode estar servindo para acobertar os atos de terror e abafar a repercussão da violência nos noticiários.
Reverendo Musa Asake, Secretário Geral da Associação Cristã da Nigéria (CAN), em mais uma tentativa de chamar atenção das autoridades, emitiu um comunicado oficial acerca dos ataques, dizendo estar preocupado com o aumento da perseguição religiosa aos cristãos na região.
Uma lei de pastoreio livre, que permitia cristãos convertidos do islamismo continuarem utilizando suas terras na região, foi criada para tentar conter a onda de violência dos Fulani, que também são criadores de animais, mas até o momento às expectativas foram frustradas e a medida considerada inútil.