As revelações das investigações sobre a corrupção na Petrobrás sobre o envolvimento de amigos do ex-presidente Lula, o enriquecimento de seus filhos e a possibilidade de que as palestras feitas por ele após o final de seu mandato tenham sido pagas com dinheiro de corrupção tem afetado sua imagem de maneira intensa.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope recentemente, a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, mostrou que a rejeição ao seu nome para uma eventual candidatura à presidência em 2018 cresceu nos últimos meses.
A proposta do levantamento, realizado entre os dias 17 e 21 de outubro, era conhecer o potencial de voto de alguns dos principais políticos do país, que podem ser candidatos daqui a três anos.
O ex-presidente, visto por boa parte da população como corresponsável pelo fracasso da atual política econômica e pelos esquemas de corrupção que vem sendo desmantelados – e dos quais ele tenta se desvincular -, já não goza da popularidade que o levou a dois mandatos seguidos no Planalto.
Em maio de 2014, 33% dos entrevistados não votaria de jeito nenhum em Lula, e agora, o índice é de 55%. Entre os que dariam um novo voto de confiança a Lula, o índice caiu de 33%, em maio do ano passado, para 23% atualmente.
Segundo a pesquisa do Ibope, os nomes dos tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra, além de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) também foram testados, mas nenhum foi mais rejeitado que Lula.
José Serra é o segundo mais rejeitado, com 54% de reprovação; O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o político cearense Ciro Gomes, vem empatados em terceiro lugar, com rejeição de 52%.
A ex-senadora Marina Silva (Rede), terceira colocada nas eleições de 2014, vem na sequência, com 50% de rejeição. Há um ano ela tinha apenas 31% de rejeição, o que indica que sua maior exposição na mídia levou muitos eleitores a deixarem de considerá-la uma opção.
O segundo colocado na última eleição, senador Aécio Neves, teve um aumento na rejeição, mas continua sendo o menos reprovado pelos eleitores. Passou de 42% de rejeição em maio de 2014 a 47% agora.