A perseguição religiosa aos cristãos no Irã vai muito além da restrição da liberdade de celebração nos espaços físicos, como templos e outros locais. Ela também está envolvendo a limitação dos cultos online, segundo denúncias de Mike Ansari, do ministério ‘Heart4Iran’.
A nova ameaça à liberdade religiosa surgiu durante a pandemia do novo coronavírus. Aparentemente, o governo da República Islâmica localizada no Golfo Pérsico (Árabe) resolveu utilizar o contexto de quarentena para perseguir ainda mais os seguidores de Jesus Cristo.
“Tradicionalmente, o Irã tem uma lei muito rígida sobre quem é muçulmano e se torna cristão”, disse Ansari. “Eles desaprovam isso e as punições são muito severas: prisão ou até morte”, destacou.
Na essência da repressão está a tentativa de intimidar qualquer pessoa que se aproxime do Evangelho de Jesus Cristo, visto que a conversão ao cristianismo é vista como algo inaceitável no mundo islâmico, no Irã.
Assim, segundo Mike, falsas acusações de proselitismo religioso manipulatório são feitas contra os cristãos, a fim de justificar ações de repressão, mesmo contra o exercício da fé através da internet, como em cultos online.
“O Irã está [acusando] nossos ministérios e outros de introduzir manipulação psicológica desviante ou propaganda contrária ao Islã, seja no espaço real ou virtual”, disse ele, segundo informações da Mohabat News.
“Agora somos rotulados como seitas e puníveis com multas, prisão, açoitamento ou até sentença de morte”, acrescenta.
Por causa do alto índice de perseguição religiosa, o Irã ocupa a 9ª posição na lista mundial de perseguição religiosa publicada anualmente pela organização Portas Abertas.
A entidade missionária explica que o regime teocrático islâmico enxerga qualquer tentativa de conversão em seu país como uma ameaça do Ocidente aos próprios valores.
“Convertidos do islamismo para o cristianismo suportam o peso da perseguição, especialmente do governo e em um menor grau de familiares e sociedade. O governo os vê como uma tentativa dos países ocidentais de prejudicar o islamismo e o regime islâmico do Irã”, diz a organização.