O prefeito de Goiânia (GO), Rogério Cruz (Republicanos), vetou um projeto de lei que garantia status de atividade essencial às reuniões religiosas. O pastor Silas Malafaia criticou o mandatário, que é pastor licenciado da Igreja Universal, indicando incoerência em sua postura.
Cruz foi eleito como vice-prefeito, mas herdou o cargo depois que o titular da chapa, Maguito Vilela (MDB), faleceu aos 71 anos. Ele passou mais de 80 dias internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP) após contrair a covid-19, e vinha lutando contra uma infecção de bactérias e fungos nos pulmões após se recuperar da doença.
Diante da postura de Rogério Cruz, que vetou o projeto que reconhecia as atividades religiosas como essenciais, Silas Malafaia publicou um vídeo em que acusa o prefeito de buscar protagonismo: “Ele está pensando que a liderança evangélica de Goiânia e o povo de Goiânia são idiotas para tentar tirar proveito político“.
“Olha a incoerência. Em outros lugares, a Universal pressionou e lutou para aprovar as religiões como atividade essencial, e o prefeito, membro da Universal e do partido politico da Universal, dá veto. Sabe o por quê? Ele quer ser dono da brincadeira. Ele quer se apresentar como se fosse salvador da pátria, como se fosse ele que fizesse com que as religiões fossem consideradas atividade essencial”, acrescentou Malafaia.
Como retaliação, o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) aconselhou os eleitores evangélicos a não votarem mais em Rogério Cruz nas próximas eleições: “Espero que a Câmara Municipal derrube esse veto e que o povo evangélico de Goiânia não vote num camarada desse, que pensa que a gente é idiota e quer tirar proveito político de algo que ele não fez”.
Jogada
Conforme antecipado por Malafaia, o prefeito goianiense apresentou um projeto à Câmara Municipal, de sua autoria, para reconhecer as reuniões religiosas como atividade essencial durante a pandemia. O texto foi considerado semelhante ao do vereador Dr. Giancarlo Said (MDB), que foi vetado por Rogério Cruz.
De acordo com informações do portal G1, a prefeitura afirmou em nota que o novo projeto se difere do anterior no que se refere à autonomia do Poder Executivo em regulamentar a abertura dos templos.