Os gastos públicos com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foram alvo de polêmicas e protestos por parte de grupos contrários ao uso de verbas governamentais na realização do evento católico.
Agora, finalizado o evento, as três esferas de governo envolvidas na realização da JMJ iniciaram a divulgação de suas despesas, com detalhes sobre quando, onde e quanto foram gastos.
O jornal Folha de S. Paulo publicou que o governo federal foi quem mais gastou, de acordo com os relatórios preliminares. R$ 57 milhões foram destinados às Jornada Mundial da Juventude pela União.
As Forças Armadas receberam R$ 27 milhões para custear alimentação, combustível, e estrutura física de alojamento e hospitais de campanha. R$ 30 milhões foram destinados pela Secretaria Especial para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça, para custear passagens e diárias de policiais e agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foram deslocados para o Rio de Janeiro.
Já os governos estadual e municipal divulgaram até agora que gastaram R$ 26 milhões cada um, porém não detalharam suas despesas.
Por parte do governo do estado sabe-se que o dinheiro foi usado para quitar as despesas com transporte dos voluntários e peregrinos da JMJ, além da recepção ao papa Francisco no Palácio da Guanabara, que custou R$ 850 mil.
A prefeitura declarou ter usado suas verbas para o pagamento de serviços de logística e planejamento, além da estrutura no Campus Fidei, em Guaratiba (foto), que não foi usado. Essas obras envolveram a urbanização de ruas, limpeza e dragagem do rio Piraquê, vizinho ao local, e construção de passarelas para os peregrinos. Eduardo Paes, prefeito do Rio, declarou que essas obras eram previstas para os próximos anos, porém com a realização da JMJ o cronograma foi acelerado.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+