A criação de uma organização estudantil denominada “One Table”, integrada por seminaristas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, gerou polêmica no meio acadêmico de universidades e seminários cristãos dos Estados Unidos.
A organização foi criada no Seminário Teológico Evangélico Fuller, da Califórnia, e já conta com mais de 35 adeptos, que estudam no campus principal do seminário, em Pasadena. A One Table se define como sendo “um espaço seguro para todos os que querem ser parte da conversa que envolve fé, orientação sexual e identidade de gênero”.
Apesar de aprovar a criação da organização estudantil, instituição de ensino teológico, que tem 4,5 mil alunos de cem denominações, especifica em seu regulamento que os alunos podem assumir sua homossexualidade, mas não podem ter relações homossexuais nem converter sua postura LGTB em atividade política ou desafiar a normativa da instituição, que entende a prática homossexual como “incompatível com os ensinamentos das Escrituras”.
– Não vamos recusar ninguém por causa de sua orientação sexual, mas sempre em cumprimento às normas da Fuller – explicou o supervisor estudantil da instituição, Juan Francisco Martínez.
O pastor batista Peter Springg, que é membro do Family Research Council, criticou a decisão do seminário. Springg afirmou que a Fuller não agiu da melhor maneira em favor dos estudantes ao autorizar a criação da One Table.
– Creio que em seu lugar dever-se-ia ensinar aos alunos que a melhor opção é a reorientação (sexual) – afirma o pastor.
Nick Palacios, fundador da organização, e que se apresenta como um “cristão abertamente gay”, afirma que seu objetivo é que a Fuller e o grupo sejam vistos como “um modelo do que a Igreja deve pretensamente fazer nessa situação”.
Por Dan Martins, para o Gospel+