O sequestrador líder de um grupo criminoso que fez 17 missionários no Haiti reféns afirmou que se o valor exigido pelo resgate não for pago, ele irá executar as vítimas. Os criminosos pedem US$ 1 milhão por cada vítima.
A ameaça de morte foi feita em vídeo que circulou nas redes sociais posteriormente, e o ministro da Justiça do Haiti confirmou que os criminosos pedem US$ 17 milhões pelo resgate dos missionários.
No vídeo, Wilson Joseph, líder da gangue 400 Mawozo, famosa por violentos sequestros em massa, não explicou suas motivações para o sequestro e nem deu um prazo final para o pagamento do valor.
De acordo com informações do jornal The Washington Post, o criminoso demonstrou intransigência: “Juro com força que, se não conseguir o que estou pedindo, prefiro matar esses americanos. Vou colocar uma bala na cabeça de cada um deles”, afirmou Joseph.
A imprensa haitiana relatou que o vídeo foi gravado na quarta-feira da última semana em um funeral de membros da gangue de Joseph que foram assassinados: “Eu choro água. Eu farei você chorar sangue”, acrescentou o sequestrador.
O Christian Aid Ministries, responsável pelo envio dos missionários ao Haiti, se manifestou de forma precavida. Um porta-voz leu uma carta afirmando que os integrantes do ministério estavam em um dia de jejum e oração, e que os familiares dos reféns se mantinham confiantes.
“Agradecemos a Ele por ser Deus e pedimos a Ele que ouça nossas orações e traga nossas famílias para casa. Também oramos para que a luz do amor de Deus brilhe contra as trevas do pecado, para que os membros da gangue sejam libertados da escravidão do pecado e experimentem a liberdade em Jesus Cristo”, leu o porta-voz Weston Showalter.
Sobre o vídeo com as ameaças de morte aos missionários, o ministério afirmou que decidiu não comentar “até que os diretamente envolvidos na obtenção da libertação dos reféns determinassem que os comentários não prejudicarão a segurança e o bem-estar de nossa equipe e familiares”.