Os relatos de cristãos nigerianos sobre a perseguição sofrida no país são abundantes e, infelizmente, recorrentes. Grupos radicais islâmicos que têm como objetivo erradicar os seguidores de Jesus Cristo continuam agindo impunemente.
A Nigéria é um país dividido religiosamente falando, com pouco mais da metade da população professando a fé cristã, enquanto a outra metade é muçulmana. Até o surgimento dos extremistas do Boko Haram, a convivência entre os dois grupos era relativamente pacífica.
De acordo com relatos de missionários, os cristãos locais hoje convivem com as recomendações das autoridades para que suas igrejas restrinjam os dias e horários de cultos, devido à dificuldade em garantir a segurança das celebrações e dos fiéis na volta para suas casas.
A cada vez que um cristão sai de casa para ir à igreja, a incerteza sobre poder voltar pra casa é cada vez maior. Segundo informações do site bibliatodo.com, a organização de direitos humanos cristã Jubilee Campaign vem monitorando os ataques de grupos como o Boko Haram, e constatou que os cristãos são os principais alvos dos extremistas.
Para reforçar esse argumento, a entidade citou um relatório do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que revelou que “aproximadamente 42% de todos os ataques que ocorreram na República Federal da Nigéria em 2014 foram nas comunidades cristãs, e os outros 58 % foram distribuídos entre escolas, agências governamentais, hospitais e civis”.
Outros estudos da ONU dão conta que no ano de 2012 a Nigéria registrou mais de 60% das mortes de cristãos em todo o mundo por perseguição religiosa.
As agências missionárias cristãs de abrangência internacional cobram da ONU e dos chefes de países que são potências militares uma maior atenção com a crise terrorista perpetrada pelos fundamentalistas do Boko Haram na Nigéria.