O terrorista que há tempos conclamava os muçulmanos a “eliminar a cruz” foi morto por um ataque de drones do Exército dos Estados Unidos na última segunda-feira, 15 de junho.
Nasir al-Wuhayshi, 38 anos, um dos líderes da Al-Qaeda, foi morto no Iêmen, país do Oriente Médio com alta influência da organização extremista muçulmana. A morte de Nasir foi confirmada na terça-feira, 16 de junho, segundo informações do The Guardian.
Analistas políticos internacionais apontavam Nasir como o atual número 2 da cadeia de comando da Al-Qaeda, e consideram essa morte a mais impactante na estrutura do grupo terrorista desde a morte de Osama Bin-Laden.
Os próprios terroristas divulgaram um vídeo anunciando que Nasir havia sido morto, e que seria substituído por Qasm al-Rimi e prometeram vingança: “Que seja de conhecimento de Deus que sua batalha não é só com uma pessoa ou uma figura, não importa qual importante eles possam ser. Para os infiéis da América: Alá tem mantido vivo aqueles que estão incomodando a sua vida e vai fazer vocês sentirem o gosto amargo da derrota”, ameaçou Khaled Batarfi, um dos líderes do grupo.
Nasir Al-Wuhayshi era provocador, e durante seu tempo à frente da Al-Qaeda no Iêmen, deu diversas declarações belicosas: “Temos que eliminar a cruz. O portador da cruz é a América!”, disse a jornalistas durante uma entrevista em 2011.
A declaração de Nasir inspirou os extremistas do Estado Islâmico, que repetiram a “mensagem assinada com sangue para a nação da cruz” no começo deste ano, quando divulgaram um vídeo com a decapitação de 21 cristãos coptas egípcios no norte da Líbia.
Como a Al-Qaeda tem se recusado a se aliar ao Estado Islâmico, especialistas sobre a prática terrorista no mundo árabe apontam que o grupo está se enfraquecendo “politicamente” entre os fiéis muçulmanos que simpatizam com os ideais extremistas.