Mais uma ataque covarde a um grupo de cristãos ocorreu na Nigéria no dia 17 de novembro, quando terroristas ainda não identificados mataram nove pessoas enquanto elas retornavam de um culto em uma igreja da região.
A Nigéria passa pelo momento mais sombrio de perseguição religiosa aos cristãos, em grande parte motivado por grupos como o Boko Haram em parceria com membros da etnia Fulani, principais suspeitos de terem cometido o atentado do dia 17.
“As pessoas estavam voltando da igreja e se preparando para almoçar quando os homens armados invadiram a vila em motos “, disse uma fonte não identificada.
“Eles atiraram aleatoriamente e mataram qualquer pessoa que passasse pelo caminho, incluindo idosos que não podiam correr, mulheres e crianças”, destacou o informante.
O contexto de violência contra os cristãos no país africano fez com que a organização Portas Abertas colocasse a Nigéria na posição número 12 entre os 50 países que mais perseguem os seguidores de Cristo no planeta, aumentando duas posições no grau de gravidade, já que em 2018 o país estava na 14ª posição.
“A violência contra os cristãos pelo Boko Haram e pastores islâmicos fulani tem causado muita dor entre os cristãos na parte nordeste do país e no Cinturão Médio”, explica a organização, que aponta os conflitos políticos no país como um agravante para a condição dos fiéis.
“A hostilidade em relação aos cristãos é comumente difundida pelo ensino e pela prática islâmica radical. Isso é reforçado pelo fato de que o islã é a religião dominante na parte norte da Nigéria, enquanto o cristianismo é dominante no sul”, pontua.
Como o país mais populoso da África, a Nigéria pode ser uma referência no combate ao radicalismo islâmico, mas justamente por isso grupos como o Boko Haram fazem o possível para dominar a região, financiando atentados e alimentando o fanatismo religioso nos povos locais, especialmente nas regiões rurais, onde o alcance do poder público é menor.