A violência contra os cristãos e outras minorias religiosas tem se alastrado em Burkina Faso, país localizado no continente africano. Segundo informações de uma agência internacional, um novo ataque promovido por terroristas islâmicos do grupo Boko Haram deixou 39 mortos, sendo 15 deles cristãos.
O ataque ocorreu em 6 de novembro, quando um comboio com 60 pessoas transportava empregados da mineradora canadense SEMAFO. Apesar de estar escoltado por um veículo militar, os terroristas surgiram fortemente armados e conseguiram impedir o avanço dos veículos.
O carro militar que fazia a escolta parece ter sido explodido por uma bomba e em seguida os terroristas abriram fogo contra o grupo de pessoas. Trinta e sete morreram no local e mais duas a caminho do hospital, segundo informações do Barnabas Fund.
O ano de 2019 já registrou vários ataques terroristas em Burkina Faso, sendo os cristãos e os muçulmanos considerados “moderados” os principais alvos dos extremistas. Pastores de grandes igrejas correm ainda maior risco devido à visibilidade social, segundo a Portas Abertas.
“Michel Ouédraogo é o presidente das Assembleias de Deus, a maior denominação evangélica em Burkina Faso e também a mais afetada pela violência islâmica até agora”, diz a entidade missionária em seu site oficial.
Apesar da escalada de violência, a Igreja de Cristo se mantém de pé e avançando, ciente de que a perseguição produz perseverança e amadurecimento, acredita o pastor Michel.
“Vingança nunca foi a melhor opção. O Deus que servimos é amor e ele nos convida a amar nosso próximo”, disse ele ao site World Watch Monitor. “Que Deus toque e transforme o coração daqueles que se escondem atrás de uma ideologia para matar seus vizinhos”.
Burkina Faso não está na lista mundial de perseguição religiosa da Portas Abertas, mas por ser um país vizinho a nações como o Níger (49º na atual classificação), Nigéria (12º) e Mali (44º), a presença de extremistas de grupos como o Boko Haram tem se tornado algo mais frequente.