Na sequência de violência em decorrência da perseguição religiosa que atinge Burkina Faso, na África, mais 14 cristãos foram vítimas de terroristas no último domingo (01) em uma igreja protestante localizada em Hantoukoura, região leste do país.
Chamou atenção das autoridades o fato de que os terroristas atacaram no momento em que os fiéis estavam realizando uma celebração a Deus, incluindo mulheres, idosos e crianças. “Mais de uma dúzia de pessoas que participavam do culto de domingo foram mortas durante um ataque à igreja protestante em Hantoukoura”, disse uma fonte local.
Cerca de 10 homens fortemente armados invadiram o templo cristão por volta das 12:00 horas do horário local. Eles foram acusados de “executar friamente os fiéis, incluindo o pastor da igreja e as crianças”, informou o jornal americano The New York Times.
“Condeno o ataque bárbaro contra a Igreja Protestante de Hantoukoura, no departamento de Foutouri, que deixou 14 mortos e vários feridos. Ofereço minhas mais profundas condolências às famílias enlutadas”, escreveu o presidente de Burkina Faso, Roch Kabore, no Twitter.
Autoridades locais iniciaram uma perseguição na tentativa de capturar os terroristas, mas informantes disseram que eles conseguiram escapar em moto.
Terroristas armaram emboscada
Em 6 de novembro desse ano outro ataque feito por terroristas em Burkina Faso matou mais 39 pessoas, sendo 15 delas cristãs. Os criminosos armaram uma emboscada para interromper a passagem de um ônibus que levava funcionários de uma mineradora canadense.
Em 23 de setembro também desse ano, outros cinco cristãos de uma mesma família também foram mortos em Burkina Faso. O país amarga a presença do radicalismo islâmico que desde 2015 tem promovido ataques do tipo contra a sua população, especialmente os cristãos.
“Uma insurgência islâmica em expansão transformou o Burkina Faso de um país pacífico conhecido pela agricultura, um festival de cinema célebre e tolerância religiosa em um centro de extremismo”, relatou a jornalista Danielle Paquette para o jornal The Washington Post em 21 de agosto.