Quando se fala em “satanismo” e outras vertentes místicas associadas ao ocultismo e práticas que confrontam diretamente a vontade de Deus para a vida humana, poucos compreendem que tudo isso, na verdade, conduz o ser humano para um vida de vazio existencial, solidão e ilusões mascaradas pela impressão de ser o “senhor” da própria história.
Quem mergulha na doutrina satânica é levado à acreditar que pode ser, ele mesmo, seu próprio “deus”. Esse é um novo modelo de antropocentrismo, onde seus conceitos estão presentes não apenas nos rituais e manuais satânicos mais tradicionais, com direito à vela, acessório e sacrifícios, mas também em algumas filosofias que tratam a vontade humana como suprema, sendo o “carpe diem” a definição mais precisa dessa visão.
Foi essa “filosofia” satânica que seduziu o jovem Benedict Atkins quando ainda era adolescente. Apesar de ter sido criado em uma família cristã e ido para a igreja algumas vezes, outros problemas na vida de Benedict e uma fase difícil lhe fizeram tentar encontrar nas drogas, no sexo e no satanismo uma forma de lidar com suas dificuldades.
O contato de Benedict com o satanismo ocorreu, mais precisamente, aos 15 anos, por influência de alguns amigos. Ele acreditava que uma vida focada na satisfação dos próprios desejos, sem medir consequências e compreender o sentido moral por trás das ações humanas, poderiam lhe trazer felicidade. Mas, ele estava enganado: “Colocar-se sempre em primeiro lugar, sem se importar com os outros, é algo solitário”, disse Benedict.
Conversão de um ex-satanista e seu testemunho
A visão do ex-satanista Benedict mudou quando ele foi convidado para ir à uma reunião na igreja de outros conhecidos. Todavia, a sua intenção não era conhecer a Deus, mas sim conquistar novas garotas. O que o jovem não esperava era que um rapaz da igreja iria lhe pedir para fazer uma oração sobre ele.
“Enquanto ele estava orando por mim, senti paz em meu corpo. Então, o homem disse que, embora eu achasse que não havia esperança em minha vida, Deus tinha um plano para mim e que Satanás era um mentiroso”, disse ele em uma entrevista para a BBC Brasil.
Daquele dia em diante Benedict dedicou sua vida ao evangelho de Jesus Cristo. Aos 20 anos ele se casou e atualmente, junto com sua esposa, ajuda outros jovens em sua comunidade religiosa:
“Quando eu penso no passado, em como eu fiquei perdido e assustado quando era um satanista, isso me anima mais na missão de ajudar as pessoas. É por isso que eu faço isso. Meu nome, Benedict, na verdade significa bênção”, conclui o rapaz.