Donna Rice Hughes, presidente do grupo “Enough is Enough”, uma organização americana sem fins lucrativos que tem por objetivo tornar a Internet mais segura para crianças e adolescentes, deu uma entrevista ao portal The Christian Post, comentando algo que vem assustando famílias, lideranças religiosas e a sociedade em geral: o aumento dos casos de suicídio entre crianças e adolescentes.
Para Rice, grande parte da explicação para o aumento dos casos de suicídio entre os jovens está no contexto onde eles vivem. Isto é, em nosso estilo de vida: “Nossa cultura criou uma tempestade perfeita para o emocional, sexual e mental de nossos jovens”, disse ela, comentando um relatório da Centers for Disease Control and Prevention (CDC), ao revelar que nos últimos 10 anos o suicídio entre os meninos cresceu 30% e dobrou entre as meninas.
Ansiedade e depressão podem ser sintomas e não a causa
Uma observação muito importante feita pela especialista é de que não devemos lidar como suficientes os diagnósticos de depressão e ansiedade, classificações psiquiátricas normalmente utilizadas para “explicar” a condição emocional de alguns jovens que cometeram suicídio. Rice sugere que há motivos por trás desses sintomas que precisam ser entendidos:
“Os pesquisadores devem começar a fazer estudos com aqueles que tentaram o suicídio para descobrir o que realmente está acontecendo em suas vidas, em vez de apenas dizer que é ansiedade ou depressão”, disse ela, ressaltando a importância da família bem estruturada e o papel dos pais, segundo os ensinos bíblicos, para evitar maiores riscos:
“Quanto maiores os diálogos, quanto melhor um relacionamento com os pais, os fatores de risco diminuem. Deus deu aos pais, filhos para serem pais, para serem mordomos de sua inocência, para serem administradores de sua segurança e para ajudá-los a lidar com as pressões da vida”, explica Rice.
“Os pais também precisam entender que não importa quão inteligentes, brilhantes ou quão bem ajustados seus filhos pareçam ser. Há tantas coisas silenciosas acontecendo nos corações e nas mentes dessas crianças que um pai pode nunca reconhecer, a menos que eles procurem por isso”, acrescenta.
Finalmente, Rice destaca que o contexto cultural em que vivemos não é fruto do acaso. Há uma “guerra espiritual” por trás disso que contribui para esse quadro depressivo em crescimento. A falta de oração, por exemplo, o que significa a ausência de referencial religioso em casa, mas, principalmente, a presença de Deus na família e consequentemente na educação das crianças, é um dos fatores:
“Eles precisam ser lembrados de que esta é uma guerra espiritual, ela acrescentou. A oração é absolutamente fundamental. Muita gente pensa que a oração é o último recurso. A oração é o primeiro trabalho. E eu diria a qualquer pai para estar constantemente orando por seus filhos, constantemente abençoando-os. E peça ajuda ao Espírito Santo, porque você não será capaz de conseguir tudo sozinho”, finaliza.