O “pastor” Marcos Lord, que se traveste de drag queen, concedeu uma entrevista ao programa The Noite, de Danilo Gentili, e causou alvoroço entre evangélicos, que usaram as redes sociais para criticar a postura do defensor da teologia inclusiva.
Homossexual, Lord afirmou que não pediu para exercer o ministério pastoral: “Eu não escolhi ser pastor e a igreja me elegeu para isso. Eu já era drag queen e eu nunca imaginava. A igreja abraçou a plenitude da minha personalidade. Na igreja, normalmente, estou de pastor Marcos Lord. Mas já preguei de Luandha”, afirmou, referindo-se ao personagem drag queen de que se traveste.
Lord disse ainda que antes de conhecer a Comunidade Metropolitana (ICM) – onde é “pastor” – esteve em muitas igrejas e não se encaixava: “Conheci [a Igreja] em 2008, quando eu estava afastado por ter me assumido homossexual. Comecei na Restauração, Batista, Deus é Amor até chegar na Assembleia. Hoje atuo como pastor na Comunidade”.
Numa entrevista ao jornal O Globo, Marcos Lord afirmou que os ensinamentos da Bíblia não se aplicam aos tempos modernos, e por isso, classificar a homossexualidade como pecado seria um erro: “Se você for ler a Bíblia ao pé da letra, terá muitos problemas. Ela fala sobre escravidão, que você tem direito a ter um irmão escravo seu por sete anos. Ela diz que você não tem direito de comer carne de porco. Mas quem vai abrir mão de comer o seu presunto e o seu pernil? Se nós mantivéssemos a mesma visão que sempre tivemos da religião evangélica, a mulher estaria até hoje calada […] Eu não posso simplesmente pegar a Carta aos Romanos e lê-la como se ela tivesse sido escrita para os brasileiros do século XXI. A Carta aos Romanos foi escrita para os cristãos de Roma, daquele período histórico, do primeiro século. Então eu não posso achar que ela é válida para hoje. Mas eu posso tentar pegar alguns ensinamentos que estão ali e achar novos significados para os dias de hoje? Posso. Assim como pego os ensinamentos da minha avó e tento trazer para minha vida até hoje. Mas isso não quer dizer que eu não vá pedir manga com leite numa lanchonete porque ela disse uma vez, lá atrás, que faz mal”, disse à época.
No Twitter, não foram poucos os usuários que comentaram a entrevista do “pastor”, chamando-o de falso profeta: “Igreja Gay? Sério isso? To Achando Deboche Com o Nome De Deus ! #TheNoite”, comentou um telespectador. “É um absurdo ver e saber o que estão fazendo com o nome de Deus. Assistindo o programa The Noite com um cara que se diz pastor e é travesti”, acrescentou outro, demonstrando indignação.
“Meu Deus me perdoa… Mas eu to ficando com muito ódio de estar vendo esse ‘pastor’ no The Noite”, criticou uma usuária, que foi apoiada em seu comentário por outro telespectador: “Blasfêmia no #TheNoite é o fim dos tempos mesmo…”.