A candidata Marina Silva (PSB) vem sendo alvo de ataques da campanha petista na televisão, e teve seu pedido de resposta negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A ação da coligação Unidos Pelo Brasil solicitava um tempo no programa de TV da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) para rebater as afirmações feitas de que as propostas de Marina Silva sobre a autonomia do Banco Central (BC) são inviáveis.
O modelo de autonomia do Banco Central, um órgão do governo federal, é pregado por economistas como o ideal, para que a política de juros e câmbio seja usada de forma a equilibrar a economia. Atualmente, a administração do Banco Central é submissa ao governo de Dilma, que tem optado por subir as taxas de juros para controlar a inflação, ao invés de atacar o problema em sua raiz.
Marina assumiu o compromisso de dar autonomia ao BC, e foi atacada por Dilma, que afirmou que isso atenderia ao interesse dos banqueiros. A ação de Marina no TSE argumentava que a campanha petista distorceu a proposta.
“Não bastasse extrapolar a crítica política, tal abordagem distorce gravemente o que propõe o programa de governo de Marina Silva, segundo o qual a autonomia do Banco Central será estabelecida por lei aprovada pelo Congresso Nacional, que fixará mandatos para seus dirigentes e normas para a nomeação e destituição de sua diretoria”, disse o PSB em nota, criticando a postura do PT.
O ministro responsável por julgar o pedido de direito de resposta de Marina Silva, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, decidiu nesta quinta-feira, 11 de setembro, que o teor do material veiculado pela campanha de Dilma continha apenas “crítica política” às propostas de Marina.
“Creio, então, ser mais prudente, em prol da liberdade de expressão e do princípio do contraditório, não deferir a liminar por ora, sem prejuízo de reflexão mais verticalizada por ocasião da vinda à baila da defesa”, comentou o ministro Neto.
Uma ação que pede o direito de resposta a respeito das críticas feitas por Dilma Rousseff às propostas de Marina Silva sobre o pré-sal ainda será julgada pelo mesmo ministro, que decidiu postergar sua decisão.