Um carro desgovernado atropelou pelo menos 15 fiéis que saíam de um culto evangélico na noite do último domingo, 09 de novembro, em São Paulo.
O acidente aconteceu por volta das 21h00 na avenida Roland Garros, no Jardim Brasil, zona norte da capital paulista. As vítimas do atropelamento foram socorridas e levadas aos hospitais das Clínicas e Vermelhinho, além da emergência da Santa Casa de São Paulo. Segundo informações do jornal O Globo, o pastor e um menino de 3 anos de idade estão internados em estado grave.
Testemunhas do acidente disseram à reportagem da Folha de S. Paulo que o motorista dirigia em alta velocidade e perdeu o controle do carro, atropelando os fiéis e atingindo outro carro que estava estacionado próximo à igreja.
“A família e a igreja estão abalados”, disse Nelson Alexandre Martins, 36, irmão do proprietário do carro que foi atingido pelo outro veículo desgovernado. No momento do acidente, a família do irmão de Nelson embarcava no carro para voltar para casa após o culto.
A auxiliar administrativa Suzimara Vieira Martins, 30, mulher de Nelson, afirmou que com o impacto da batida a família foi arremessada para longe: “O carro jogou todos longe, a minha sobrinha de cinco meses que estava no colo da minha cunhada foi jogada longe. É um milagre com um impacto desse ela ter sobrevivido”, relatou.
O motorista do carro desgovernado fugiu do local do acidente sem prestar socorro. “Ele quebrou o vidro do carro e fugiu”, contou Suzimara. No carro, a Polícia localizou 24 pacotes de uma substância semelhante à maconha, e outros 15 pacotes com um pó branco, que se presumiu que fosse cocaína.
No 73º DP, em Jaçanã, uma das vítimas reconheceu o motorista através de fotos em documentos que foram localizados no carro. O delegado do 39º DP, em Vila Gustavo, assumiu as investigações do acidente e localizou o proprietário do veículo, que negou ter causado o acidente.
Fabio Andrade de Souza, corretor de imóveis, compareceu à delegacia para prestar depoimento e afirmou que havia vendido o carro em julho de 2011 a uma pessoa, e este já teria repassado o veículo a um terceiro, que o tinha procurado pedindo o recibo de compra e venda para legalizar a documentação.
“Vendi o carro em julho de 2011 a uma pessoa do Ipiranga. Fiquei sabendo o que tinha ocorrido quando uma repórter esteve em casa me perguntando sobre esse carro, que foi vendido a uma terceira pessoa, que me procurou há um ano pedindo o recibo de compra e venda. Disse que só daria o documento quando todas as pendências fossem quitadas. Ele nunca mais me procurou”, resumiu.