Um caso chocante de intolerância religiosa envolveu uma enfermeira cristã, que foi alvo de múltiplas agressões que partiram dos próprios colegas muçulmanos em um hospital do Paquistão, após ela ser vista louvando o nome de Jesus.
Este episódio covarde de perseguição religiosa ocorreu no Hospital Maternidade Sobhraj, em Karachi, no sul do Paquistão. A enfermeira Tabitha Nazir Gill, de 42 anos, aparece em uma gravação sendo espancada por colegas de trabalho, acusada de blasfêmia contra Maomé.
Os próprios muçulmanos que atacaram Nazir filmaram tudo. Ela aparece tentando se defender, explicando que não cometeu blasfêmia, mas que não nega a sua fé cristã. Em dado momento ela ainda pede para ligar para o seu marido, mas enquanto isso recebe tapas e socos no rosto.
Uma das muçulmanas que bateram na enfermeira cristã disse: “Ela levou outros a dizer ‘Jesus’ para resolver seus problemas. Não fale o nome. Ela cometeu blasfêmia. Devemos enterrá-la. Vamos sacrificar nossas gerações pela dignidade dos profetas”.
Nazir, por sua vez, tentou se defender. “Eu não fiz nada disso. Eu sou cristã. Nós não juramos, mas eu juro por Jesus e pela Bíblia. Me deixem ligar para meu marido”, pediu ela, mas sem sucesso.
Em dado momento outro grupo de muçulmanas aparece portando cabos de vassoura, também para agredir a cristã, indefesa. Eles também insistiram para Nazir assinar uma confissão de blasfêmia, algo que no Paquistão é punido com a morte, segundo o Morning Star News.
“A mulher sendo espancada é familiar de um de nossos pastores no Paquistão. Ela é enfermeira e também crente. Está sendo espancada por outras enfermeiras e médicos que ouviram ela cantar e adorar a Deus no serviço”, disse o missionário Chileno Vergara em sua conta no Instagram, comentando o vídeo.
Ele lamentou o fato de casos absurdos desse tipo não repercutirem como deveriam na grande mídia, inclusive no próprio meio cristão ou entre os muçulmanos considerados moderados.
“E o que me choca não é sermos invisíveis só para o mundo, porém para os crentes, para a Igreja (pelos menos 98% delas). Cada vez que alguma igreja não prega sobre missões, nos fazem invisíveis!”, disse o missionário.
“Cada vez que uma igreja não tem fundos destinados a missões e aos mais pobres, nos fazem invisíveis. Cada vez que sua igreja gasta para reformar o seu prédio pela décima vez em um ano, esquecendo os povos inalcançados, nos fazem invisíveis”, continua.
Vergara chama atenção para a responsabilidade pessoal de cada cristão diante de situações como essa. A indiferença, em outras palavras, também e cúmplice do sofrimento pelo qual os cristãos perseguidos passam no mundo.
“Cada vez que um cristão vê um vídeo deste em seu celular, porém continua o seu dia como se nada tivesse acontecido, nos faz invisíveis. O mundo e uma multidão de cristãos nos fez desaparecer. Porém continuamos firmes, sabendo que nosso Deus nos vê, porque Ele não nos esqueceu”, diz ele. Assista abaixo: