A perseguição aos judeus no mundo todo, denominada antissemitismo, está novamente se apresentando de maneira forte e agressiva. Um dos episódios recentes envolve a plataforma de vídeos YouTube e a censura de um vídeo que denunciava a cultura de aversão aos judeus no mundo árabe.
O Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (MEMRI, na sigla em inglês) compartilhou um vídeo com uma declaração do comentarista político jordaniano Sufyan Tal descrevendo o Holocausto como “a maior mentira da história moderna”, e o YouTube censurou o material.
O genocídio de judeus praticado por Adolf Hitler durante o nazismo, em campos de concentração, é um dos episódios mais tristes e lamentáveis do século XX. A comprovação de que milhões de pessoas com a mesma ascendência foram mortas é feita de maneira rica, com provas documentais, fotos e até vídeos do período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial.
“O clipe da MEMRI TV faz parte do Projeto de Negação do Antissemitismo e do Holocausto, de Tom Lantos, que traduz e expõe o antissemitismo no mundo árabe e muçulmano e informa os esforços, incluindo políticas, estratégias e iniciativas legislativas, para combater o antissemitismo. Ao limitar a distribuição do clipe, o YouTube está impedindo a exposição do antissemitismo e reduzindo a luta contra ele”, informou o Instituto.
O vídeo em questão trazia um comentário de Sufyan Tal, dizendo em 11 de novembro de 2018, na TV Al-Quds do Líbano, que “essas máquinas de mídia são recrutadas para virar os fatos de cabeça para baixo, para mentir para o mundo todo, e fazê-lo acreditar nos mitos judaico-sionistas”, e acrescenta: “Veja, por exemplo, a história do Holocausto. Agora que muitos cientistas do mundo provaram que o Holocausto é a maior mentira da história moderna”.
Ele continuou: “Segundo essa mentira, seis milhões de judeus foram mortos nas câmaras de gás. Pesquisadores provaram que essa mentira é ilógica e absurda, porque de acordo com as estatísticas dos próprios judeus – antes, depois e durante o Holocausto… se decidíssemos aceitar essas estatísticas, cada judia teria que dar à luz três vezes, em um ano, segundo alguns estudos. No entanto, os sionistas conseguiram ganhar a hegemonia da mídia na Europa – Alemanha, França, Inglaterra – e fizeram leis que punem quem duvida ou nega o Holocausto, mesmo que fosse [Arnold] Toynbee ou outro historiador de sua estatura”, alegou Sufyan Tal.
O MEMRI explica que seu projeto documenta temas antissemitas e mantém o maior arquivo no mundo de conteúdo antissemita traduzido do Oriente Médio da última década, com o bjetivo de destacar tais afirmações “para que contramedidas legais possam ser tomadas e para informar formuladores de políticas a fim de fornecer a infra-estrutura informacional para políticas, estratégias e iniciativas legislativas para combater o anti-semitismo”.
Sinais da vinda de Cristo
O antissemitismo teve outro episódio recente de destaque na mídia mundial, uma vez que judeus na França se tornaram alvo de vândalos durante os protestos dos “coletes amarelos”. Pichações e cartazes pediam a expulsão dos judeus do país, pois seriam eles os culpados pela crise social enfrentada pelo presidente Emmanuel Macron.
Numa entrevista recente, concedida dias antes desse episódio, o rabino Mendel Kessin, especialista no estudo das profecias sobre o fim dos dias, afirmou ao apresentador de rádio Tamar Yonah, do Israel News Talk Radio, que o antissemitismo é um sinal de que Deus está acelerando o fim dos tempos.
“Estamos muito perto do fim. Estamos analisando um processo messiânico que vem ocorrendo há um bom tempo. E o que você está vendo agora se desdobrando é um processo que trará o Mashiach (Messias). Isso é realmente o que está acontecendo. O que você está vendo, em muitos aspectos, é uma aceleração do fim, como aconteceu no Egito. O que Deus parece estar fazendo é apressar o fim, por isso há tantas coisas acontecendo simultaneamente”, comentou Kessin.
Ao longo de seus estudos, o rabino se dedicou a explorar a conexão entre o antissemitismo e o fim dos dias, segundo a ótica judaica: “À medida que nos aproximamos da era messiânica, o antissemitismo aumentará. Isso é motivado porque satanás, que é o principal inimigo do povo judeu, está morrendo. O que você está vendo são os espasmos da morte de satanás. E é por isso que ele está tentando trazer toda a energia que tem, para acabar com os judeus”, assegurou.
Em outro ponto do programa Israel News Talk Radio o rabino observou que “Israel está conquistando o respeito das nações”, em referência ao crescente apoio que o país tem conquistado nas disputas políticas na ONU. “Você sabe como se explica essa ascensão do povo judeu? […] Estamos olhando para uma guerra espiritual entre o bem e o mal”, afirmou, acrescentando que acredita que a vinda do Messias aconteça “dentro de 10 anos, talvez mais cedo”.