Uma voluntária cristã que oferecia aulas de alfabetização e estudos bíblicos a um idoso foi encontrada morta, seminua, amarrada a uma cama. O crime foi registrado na zona rural da cidade de São José do Rio Preto, interior paulista.
Simone Moura Facini Lopes, 31 anos, foi encontrada no último domingo, 12 de março, por um dos lavradores que vivem na residência, de acordo com informações dos investigadores. O homem chamou a Polícia assim que chegou ao local e encontrou o corpo.
Em depoimento, o lavrador afirmou que mora no local com outro homem, de 64 anos, que está desaparecido e já desponta como o principal suspeito do crime, pois Simone ia ao local para ensiná-lo a ler e escrever, usando textos bíblicos.
A Polícia Científica realizou uma perícia no local e encontrou uma marrreta com vestígios de sangue, de acordo com informações publicadas pelo G1. Não há informações sobre violência sexual contra a voluntária, que era membro da Igreja Adventista.
O enterro foi realizado na última terça-feira, 14 de março, no cemitério São João Batista, na mesma cidade. Além de amigos e familiares, pastores da Igreja Adventista participaram do velório e sepultamento.
Uma nota oficial da denominação expressou pesar pelo acontecido e exaltou o trabalho voluntário de Simone: “A comunidade da Igreja está profundamente abalada com a morte da jovem Simone M. F. Lopes. Apesar de a Igreja local não manter oficialmente qualquer programa ou ministério de alfabetização de adultos, reconhece o bem praticado em todas as suas formas em favor dos menos favorecidos. Vê bondade no empenho de Simone em, voluntária e individualmente, auxiliar alguém na sua alfabetização”.
“A comunidade da igreja e sua liderança estão prestando apoio emocional e espiritual à família enlutada. A igreja colaborará com as autoridades naquilo que lhe for solicitado”, acrescentou o comunicado.
A coordenadora do projeto social do qual Simone era voluntária, Amanda Caseroti Floresta, comentou que a vítima era uma professora dedicada e prestativa: “Ela sempre se propôs a fazer atividades que nem eram próprias da função. Ela sempre ajudou em muita coisa, sempre por iniciativa própria. Era uma pessoa muito boa e amorosa, sorridente e fazendo o seu melhor. Ficamos muito chocados e ainda é difícil acreditar o que aconteceu”, lamentou.