O escritor Walcyr Carrasco, autor da novela Amor à Vida, afirmou que sua intenção de falar sobre os evangélicos de forma respeitosa em seu folhetim foi alcançado.
Carrasco encerrou os trabalhos da novela, que terá seu último capítulo exibido no dia 31 de janeiro, e explicou porque a periguete Valdirene não foi “convertida” em evangélica conforme sua proposta inicial.
“Uma das minhas ideias iniciais era transformar a Valdirene numa cantora gospel. Desisti porque [a atriz] Tatá [Werneck] explorou muito bem o lado de humor da personagem e caiu nas graças do público. Ela ficou muito marcada por ser engraçada. Não queria fazer humor com os evangélicos e soar como deboche. Se fosse minha nona novela com personagens dessa religião e eu tivesse uma relação construída com eles, aí tudo bem”, explicou Walcyr Carrasco, em entrevista à revista Veja SP.
Uma das poucas queixas feitas por parte do público evangélico à novela de Walcyr foi em relação à cena em que o cantor Kleber Lucas participa de um “culto” de ceia na igreja fictícia.
A partir daí, espalhou-se nas redes sociais que a TV Globo teria convidado as cantoras Aline Barros, Ana Paula Valadão e Fernanda Brum para cantar durante o casamento gay dos personagens Niko e Félix, o vilão da trama.
O autor, que já havia negado de forma contundente que tivesse a intenção de celebrar uma cena de casamento gay na igreja da trama, voltou a falar sobre o assunto e disse que a boataria foi obra de pessoas incomodadas com a forma que ele falou dos evangélicos: “Não vai ter casamento. Essa semana teve um boato na internet que haveria o casamento de Félix e Niko numa igreja evangélica. Uma grande bobagem. Eu sinto que foi uma tentativa de grupos de desestabilizarem o respeito que tenho tratado os evangélicos na novela. Assim como peço respeito aos evangélicos, peço aos homossexuais e a toda diferença. Amor à Vida significa tolerância ao outro”, concluiu.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+