O lutador aposentado Wanderlei Silva, ex-integrante do card do UFC, anunciou que está planejando seu retorno definitivo ao Brasil para fundar uma igreja.
Fora do esporte profissionalmente desde 2014 por causa de lesões e do ocaso de sua carreira na maior competição de MMA do mundo, Wanderlei Silva se dedica a compartilhar a mensagem do Evangelho com seus colegas lutadores e evitar o deslumbramento.
“Muitos dos nossos lutadores têm fé, mas estamos perdendo porque vários estão se desviando. O cara faz duas, três lutas na cidade, já fica conhecido e se desvia. Estamos tentando colocar esse pessoal nos trilhos. Estamos no começo, mas a gente já tem um lugar pequeno e tem o culto lá no domingo”, afirmou Silva, em entrevista ao site Combate.
No entanto, os planos de Silva são de, ao voltar a Curitiba (PR), abrir uma igreja que receba as pessoas de forma abrangente. Por enquanto, ele desenvolve o ministério de forma virtual: “Temos um grupo no WhatsApp chamado ‘Leitura da Palavra’, e lá estão Aldo, Lyoto, Shogun, Rafael Cordeiro, Werdum, Rafael Dos Anjos”, revelou.
Polêmico, não deixou de fora os palavrões que se tornaram parte de sua identidade pública: “Todo poder dado nessa terra é por Deus, não é o que você merece, Ele dá para quem Ele quer. Às vezes Ele dá para uns filhos da ****, mas é natural, né? […] Estou muito feliz de poder fazer o social”, afirmou.
Com mais de dez anos vivendo nos Estados Unidos, o lutador vai, primeiro, organizar sua vida: “Acabei de chegar e a casa ainda está toda vazia […] Vi o Brasil nessa situação, e eu com a vida de um cara de 60 anos, morando de frente para a praia e com a academia do lado. A minha vida estava muito sossegada e o país assim, caindo aos pedaços. A gente não pode se omitir”, disse, expressando preocupação com os rumos sociais do país.
Ao final da entrevista, confirmou que seu retorno foi motivado pelo desejo de ajudar, de alguma forma, a vencer a crise: “Eu voltei por um ideal mesmo. Conversei com o meu pastor e voltei para ajudar a trazer membros para a nossa igreja e para viver esse momento político, pois temos que usar a nossa influência para o lado bom, mostrar que temos que lutar pelo nosso ideal. Lutar pelo bem comum, não só pensar no seu umbigo”, concluiu.