Não é apenas o pastor Silas Malafaia que está disposto a boicotar a Disney por causa de suas recentes manifestações pró-homossexualidade: os donos de um cinema, nos Estados Unidos, cancelaram a exibição do filme A Bela e a Fera.
Tão logo foi revelado que o remake do clássico de conto de fadas teria um personagem homossexual, os proprietários do cinema Henagar Drive-In, no Alabama (EUA), decidiram que não poriam em cartaz um filme que ofende os princípios morais da família tradicional e bíblicos.
“Para quem não sabe, A Bela e a Fera está ‘estreando’ seu primeiro personagem homossexual. O produtor também afirmou que o final do filme terá uma ‘surpresa’ para os casais do mesmo sexo. Se não pudermos levar nossa neta de 11 anos e nosso neto de 8 para assistir a um filme, não temos interesse em vê-lo. Se não pudermos assistir a um filme com Deus ou Jesus sentados ao nosso lado, não temos interesse em exibi-lo”, afirmaram os proprietários.
A nota divulgada pela empresa, há a consciência de que tal decisão será fonte de polêmica: “Eu sei que algumas pessoas não vão concordar com essa decisão. Tudo bem… Nós continuaremos exibindo filmes familiares, então sinta-se à vontade para assistir a vários deles sem se preocupar com cenas de sexo, nudez, homossexualidade e linguagem chula”, frisaram.
O filme entra em cartaz nos cinemas brasileiros no próximo dia 16 de março, de acordo com informações do site Omelete.
A polêmica
A confusão começou quando, semanas atrás, a Disney exibiu um episódio do desenho infantil Star vs. As Forças do Mal, com dois casais homossexuais se beijando em uma festa. Em seguida, o diretor de A Bela e a Fera, Bill Condon (saga Crepúsculo), afirmou que o filme teria um personagem gay, durante uma entrevista à revista Attitude.
Esse personagem será o criado do protagonista: “LeFou é alguém que um dia quer ser Gastón e no outro quer beijar Gastón. Ele está confuso sobre seus desejos. É alguém que está descobrindo seus sentimentos. [O ator] Josh fez algo bem sutil e delicioso e isso é o que faz valer no final, que eu não quero revelar. Mas é um momento bacana, exclusivamente gay num filme da Disney”, frisou.
Desde então, os protestos contra a empresa se acumulam, assim como as manifestações de elogio por parte dos ativistas gays. No Brasil, o pastor Silas Malafaia liderou um boicote à empresa, por considerar que a tentativa de doutrinação sexual de uma criança é “a coisa mais asquerosa, nojenta” que existe.