A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) entrou recentemente com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a psicóloga Marisa Lobo. A ação contra a psicóloga a acusa de descumprir a Resolução nº 001/1999 do Conselho Federal de Psicologia, a mesma citada no projeto de lei que ficou conhecido como “cura gay”, que tinha Marisa Lobo como uma de suas maiores defensoras.
A representação contra a psicóloga foi entregue, de acordo com o site GLS Lado A, ao Procurador Federal dos Direitos do Cidadão, na Procuradoria-Geral da República no MPF. De acordo com os ativistas gays o motivo da representação contra a psicóloga seria seu DVD “Ditadura Gay – desconstruindo a família tradicional” através do qual, afirmam, ela estaria promovendo “algo além de sua área de atuação, tanto religiosa quanto como profissional da saúde”.
Ao anunciar a ação contra Marisa Lobo, o site cita ainda sua recente filiação ao PSC (Partido Social Cristão) e sua provável candidatura ao cargo de deputada nas eleições de 2014, além de afirmar que a psicóloga é “a principal inimiga pública dos gays no Brasil”.
Em nota enviada à redação do Gospel Mais, Marisa Lobo comentou o caso afirmando se tratar de uma clara tentativa de desmoralizá-la perante a opinião pública, devido à possibilidade de sua candidatura a deputada federal nas próximas eleições. Ela afirma ainda que a ação é uma tentativa de forçar sua condenação no processo que responde no Conselho Federal de Psicologia.
– Ainda não saiu o resultado do meu processo. Meus pacientes gays foram depor a meu favor, não teve ninguém me criticando ou me condenando; a não ser cinco gays, que nunca vi, por causa de minhas opiniões e por eu ter participado nas audiências públicas sobre o PDC 234 – afirma.
De acordo com a psicóloga, ela não fala mal de homossexuais em nenhum momento do DVD mencionado, no qual ela afirma tratar da “desconstrução sexual, da pedofilia e da ditadura que uma militância desleal tenta impor à nossa nação”, além de alertar sobre a sexualização de crianças nas escolas. Ela ressalta ainda que já acionou seu advogado sobre o caso e que irá em busca de seus direitos.
– Crime de opinião? Agora quer ver o ministério público legislar contra a liberdade religiosa e a liberdade de expressão – finaliza Marisa Lobo.
Por Dan Martins, para o Gospel+