Em mais um episódio brutal de perseguição religiosa, dezenas de cristãos foram covardemente atacados e mortos com requintes de crueldade na Nigéria, precisamente no condado de Kaura, vítimas de radicais da etnia Fulani.
O ataque ocorreu entre os dias 18 e 20 desse mês, segundo informações de Luka Biniyat, porta-voz da União Popular do Sul de Kaduna (SOKAPU). Ele explicou que o assassinato em massa ocorreu contra aldeões “inofensivos”.
“É com o coração pesado e profundo sentimento de perda que anunciamos o horrível assassinato em massa de nada menos que 38 aldeões inofensivos e desarmados”, lamentou o porta-voz.
No total, foram 38 cristãos mortos, com muitos queimados vivos. Além dos assassinatos, os radicais Fulani também destruíram cerca de 100 casas e deixaram outras dezenas de feridos.
“Os assassinatos, que duraram muito, começaram por volta das 23 horas da noite de domingo. Não apenas esses pobres cidadãos inocentes foram mortos, mas nada menos que 100 casas foram destruídas, com algumas vítimas queimadas vivas”, diz o comunicado à imprensa.
Perseguição
O grupo Fulani é composto em sua maioria por agricultores e proprietários de animais adeptos do islamismo, muitos dos quais radicalizados. Não por acaso, a Nigéria ocupa atualmente a 7ª posição na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas.
Entre os anos 2018 e 2020, a entidade denunciou a existência de um verdadeiro genocídio dos seguidores de Jesus no país africano, tudo aparentemente sob os olhares omissos das autoridades locais.
“Embora todos os cidadãos estejam sujeitos a ameaças e violência, os cristãos são visados por causa da fé em Jesus. O ISWAP e o Boko Haram querem eliminar a presença cristã na Nigéria e os extremistas fulanis atacam apenas as aldeias cristãs”, diz a Portas Abertas.
Com base nisso, os ataques recorrentes são formas de impor o terror entre os cristãos, a fim de fazê-los desistir da fé em Jesus, bem como impedir novas conversões. Felizmente, porém, a Igreja tem resistido, graças ao apoio de órgãos como a Portas Abertas e das orações.