A eleição do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados continua causando polêmica e manifestações de repúdio. Além das diversas manifestações diretas contra o pastor, que chegou a ser chamado de monstro pela apresentadora Xuxa, foi criada também uma petição online contra sua presença na comissão.
Na última quarta feira (06), foi criada na comunidade Avaaz, uma petição pedindo o afastamento do pastor da comissão, afirmando como motivo para o pedido que o pastor seria um homem preconceituoso. Até o fechamento dessa matéria, a petição contava com 94 mil apoiadores, e tem como meta conseguir 1 milhão de assinaturas.
– O preconceituoso deputado não pode assumir uma comissão que visa acabar com preconceitos! Não são desconhecidas as posições e as posturas do pastor. Ele afirmou que AIDS é câncer gay, que os africanos foram amaldiçoados. A candidatura apresenta pelo PSC fere o regimento [sic] interno da camara [sic] dos deputados! – descreve a petição, que aparece ao lado de outra criada no mesmo site no dia 28 de fevereiro, data em que o pastor havia sido indicado ao cargo. Mesmo sem a confirmação de Feliciano como presidente da comissão nessa data, já havia sido criada uma petição para “Imediata destituição do Pr. Marco Feliciano da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal”, mobilização que conta atualmente com 276 mil assinaturas, e tem por objetivo alcançar 500 mil apoiadores.
– Se já não bastasse a eleição de Renan Calheiros para presidente do Senado, um deputado conhecido por opiniões racistas e homofóbicas assumiu a liderança da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados. É um absurdo! Mas se aumentarmos a pressão, poderemos impedir este insulto! – diz o texto da petição.
A petição contra Feliciano é apoiada diretamente pelo polêmico líder do Avaaz no Brasil, Pedro Abramovay, que afirmou em nota que Feliciano é “conhecido por comentários racistas e homofóbicos”, e “foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), à portas fechadas”.
Afirmando que Marco Feliciano não tem “perfil de alguém que deve liderar uma comissão que luta por justiça e igualdade de minorias”, Abramovay convoca apoiadores para o abaixo assinado online, e afirma que “a indignação pública está se espalhando em todo o país”.
Pedro Abramovay encerra sua nota comparando a petição contra Feliciano à mobilização nacional pelo “Ficha Limpa”, e afirma que tal ato faz parte de um suposto movimento que teria por objetivo “limpar nossa política e fazer do Brasil um país mais justo e igualitário”.
Por Dan Martins, para o Gospel+