O presidente Jair Bolsonaro (PSL) realizou uma reunião com os governadores da Região Norte no Palácio do Planalto para discutir a crise de queimadas na Amazônia, transmitiu o encontro ao vivo pela TV Brasil e classificou a intromissão do presidente francês Emmanuel Macron como “sanha”.
De início, a equipe do governo federal, representada pelo Tenente-Brigadeiro do Ar Raul Botelho, fez uma apresentação das ações permanentes desenvolvidas pelo governo e também as ações emergenciais frente à situação das queimadas que ocorrem na época da seca na região amazônica.
Em suas manifestações, os governadores também relataram que as tribos indígenas vem sofrendo com o isolamento imposto pela política ambiental que vem sendo adotada há décadas nos governos de ideologia socialista que precederam o atual mandato.
Bolsonaro falou sobre as especulações feitas no exterior sobre a internacionalização da Amazônia dizendo que trata-se de uma tentativa de inviabilizar o agronegócio brasileiro, e enfatizou que cabe aos brasileiros reverter a “irresponsabilidade” das políticas ambientais que usaram os “índios como massa de manobra”, através da demarcação de territórios indígenas.
“Macron deve pensar duas três vezes” antes de se aventurar a discutir qualquer medida de intervenção na Amazônia brasileira, disse o presidente Bolsonaro. “Nós sabemos o que ele está reverberando, qual a sua intenção. Nós devemos nos preocupar sim, com o que vem acontecendo no Brasil. Não tem esquerda ou direita. É questão de soberania”, acrescentou.
Em outro trecho, o presidente destacou que a mídia vem obtendo um resultado inverso ao pretendido, pois está “despertando o sentimento patriótico” nos cidadãos ao dar ênfase às críticas feitas pelo presidente francês. “A nossa união vai nos tirar dessa situação e fará com que o Brasil saia maior do que entramos”, declarou Bolsonaro.
A principal adversária da administração Bolsonaro também foi citada na reunião, quando o presidente adjetivou a TV Globo como “entreguista” que trabalha contra o Brasil.
Embora Macron tenha sido citado por Bolsonaro diversas vezes, a manifestação mais dura contra o presidente francês foi feita pelo general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Internacional. Ele recapitulou o histórico “colonialista” da França e disse que o país “não pode ser exemplo nesse aspecto” pois por onde passou, deixou um “rastro de confusão e miséria”. Por fim, definiu o comportamento do presidente francês: “Molecagem”.
Assista à íntegra da reunião transmitida pela TV Brasil: