Pastores da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) foram recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro e pela ministra Damares Alves no Palácio da Alvorada na última segunda-feira, 28 de setembro. Na ocasião, o mandatário reiterou sua intenção de indicar um jurista compromissado com valores conservadores ao STF.
Os representantes da CGADB, liderados pelo pastor José Wellington Junior, entregaram ao presidente uma cópia do livro 100 Acontecimentos Que Marcaram a História das Assembleias de Deus no Brasil, um exemplar da Bíblia Sagrada e uma placa de prata com cópia da primeira ata da Assembleia Geral Ordinária da CGADB.
Durante a conversa, os pastores e Bolsonaro falaram sobre assuntos diversos ligados à sociedade brasileira:
“Estive nesta manhã em Brasília (DF), onde juntamente com a diretoria da CGADB, senadores e deputados federais das Assembleias de Deus nos reunimos com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Agradeço ao presidente, a ministra Damares Alves e ao meu irmão deputado Paulo Freire por nos promover este encontro especial que visa o bem estar de nossa Igreja em toda nossa nação”, escreveu Wellington Junior em sua conta no Instagram.
Além do deputado Paulo Freire (PL-SP), esteve presente também outro parlamentar que também é pastor assembleiano, Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).
De acordo com o jornal O Globo, Bolsonaro se comprometeu a indicar um jurista para a vaga de Celso de Mello no STF compromissado com os “valores do governo”, mas não deu indicações mais claras se escolherá um evangélico para essa vaga ou a próxima, que deve ser aberta em 2021, quando Marco Aurélio Mello deverá ser aposentado compulsoriamente.
O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, antecipou sua aposentadoria. Ele deixaria a Corte apenas em 01 de novembro, quando completará 75 anos de idade, mas devido a um problema de saúde, ele decidiu pedir aposentadoria por invalidez, deixando o cargo semanas antes da data limite, no dia 13 de outubro. Como benefício dessa escolha, o ministro estará isento de declaração do Imposto de Renda.
Nesse cenário, os aliados evangélicos de Bolsonaro – em especial senadores – têm manifestado o desejo de que o indicado para a vaga de Celso de Mello seja o juiz Marcelo Bretas, responsável por condenações de políticos fluminenses indiciados na Lava-Jato.
Desde 2019 há expectativa sobre esse assunto, já que durante um evento da Assembleia de Deus, o presidente afirmou que escolheria um jurista “terrivelmente evangélico” para uma das vagas que serão abertas no STF.