A gigante de tecnologia Google não faz esforço para disfarçar sua orientação política progressista, e uma de suas empresas, o YouTube, segue agindo de maneira autoritária em relação aos conteúdos cristãos. O caso mais recente envolve a extinção de um canal que se dedicava a desestimular a prática do aborto.
O canal era chamado Abortion Pill Reversal – APR (“Pílula de Reversão do Aborto”, em tradução livre), e foi suspenso da plataforma de vídeos sob acusação de “repetidas ou graves violações das diretrizes da comunidade”.
De acordo com informações do portal The Christian Post, o canal possuía apenas quatro vídeos publicados, e conteúdo – descrito como “ofensivos – eram cenas de um seminário explicando o uso da pílula de reversão de abortos químicos em termos científicos e médicos.
Os outros três vídeos eram relatos de mulheres que haviam desistido do aborto e usado a pílula APR para salvar a vida dos bebês.
Assim como faz em outras ocasiões, o YouTube enviou um comunicado aos responsáveis pelo canal citando suas políticas de “conteúdo prejudicial ou perigoso”, e dizendo que a decisão havia sido tomada porque a plataforma “não permite conteúdo que encoraje ou promova atos violentos ou perigosos que tenham um risco inerente de sérios danos físicos ou morte”.
Os termos da política de uso da plataforma cita como exemplos, nesses casos, vídeos que falem sobre “fabricação de bombas, jogos de asfixia, uso de drogas pesadas ou outros atos em que possam resultar em ferimentos graves”.
O canal havia sido iniciado há poucas semanas, logo após a divulgação de um novo estudo que descobriu que o protocolo de reversão do aborto iniciado através de produtos químicos é seguro e eficaz para mulheres que mudaram de ideia.
O estudo acompanhou 754 mulheres que queriam interromper o aborto químico já em andamento, e relatou uma taxa de sucesso de 68% na reversão dos efeitos do mifepristone, a primeira pílula do processo de aborto químico.
Basicamente, a pípula APR introduz ao organismo uma dose de progesterona para neutralizar a primeira pílula abortiva. A progesterona é aprovada pela FDA (agência de saúde dos Estados Unidos), e tem sido usada para prevenir abortos desde a década de 1950.
Desde 2007, mais de 500 mulheres usaram o protocolo APR para salvar seus bebês do aborto, e mais recentemente o novo estudo ajudou a solidificar essa opção, levando o protocolo a ser adotado por uma rede de 350 provedores de serviços médicos.
A entidade Heartbeat International, que assumiu as rédeas da APR Network, iniciou um processo de apelo formal à direção do YouTube. Notícias em veículos internacionais apontam que defensores do aborto se opõem ao direito de uma mulher escolher não terminar um aborto indesejado.
A Heartbeat tem experiência nesse tipo de disputa, conquistando vitórias ao longo dos últimos dois anos contra burocratas da Califórnia que queriam impedir que os enfermeiros aprendessem sobre o protocolo de salvar vidas com a pílula APR.
Assista, abaixo, um dos vídeos classificados como “nocivo e perigoso” pelo YouTube. O material foi republicado na plataforma Vimeo: