Um canal cristão de notícias no YouTube foi banido da plataforma de vídeos do Google de forma permanente, sob a acusação de descumprir a política da empresa em vídeos publicados no passado.
O canal TruNews foi notificado na última segunda-feira, 02 de abril, que não poderá recuperar a conta. Um dos motivos do cancelamento foi uma análise do filme The Promise: The Truth About the Armenian Genocide, lançado em 2017.
O pastor Rick Wiles, fundador e âncora do TruNews, criticou os censores do YouTube como “os novos tiranos nazistas da tecnologia”. Ele revelou ainda, segundo informações do portal Charisma News, que o YouTube justificou o banimento por vídeos de notícias veiculados em 2014, além da análise do filme citado.
“Os ciberbullies do YouTube estão tão desesperados para silenciar cristãos e conservadores, e estão vasculhando anos de conteúdo de mídia, procurando por algo que ofenda suas preciosas mentes de floco de neve”, disparou o fundador do canal.
“Os flocos de neve esquerdistas americanos estão furiosos porque metade do país não escuta mais sua propaganda marxista idiota. Meus ancestrais eram membros da Igreja Reformada Alemã que fugiram da perseguição religiosa na Europa em 1700 e arriscaram tudo para vir à América para que pudessem adorar a Deus livremente. A liberdade corre em minhas veias. Meus ancestrais não foram silenciados, e eu não serei silenciado pelos Novos Nazistas do YouTube. Toda geração tem seus tiranos. Temos tiranos da tecnologia”, acrescentou.
Wiles teme que os Estados Unidos – assim como o resto do mundo, visto que gigantes da tecnologia como Google e Facebook atuam em escala global – esteja à beira de uma revolução no estilo da Revolução Francesa, durante a qual grupos esquerdistas tentarão executar cristãos e conservadores para limpar o discurso e os pensamentos da sociedade ocidental.
“A França é uma nação ateísta socialista hoje porque nunca se recuperou da Revolução Francesa que começou em 1789. Os jacobinos decapitaram padres católicos e queimaram igrejas por um período de 10 anos. Da mesma forma, os comunistas que derrubaram a Rússia em 1917 massacraram 300 mil sacerdotes da Igreja Ortodoxa Russa. Não me digam que não pode acontecer aqui”, disse Wiles.
“Mao Tsé-Tung se orgulharia da revolução cultural marxista que varre os EUA e apaga nossa herança […] Isso deve ser interrompido, ou seremos arrastados para um pesadelo comunista que para escapar dele pode levar 70 anos”, acrescentou o jornalista, em tom de alerta.
Segundo Wiles – que pastoreia a igreja Flowing Streams, na cidade de Vero Beach, Flórida – o atual clima de censura contra a liberdade de expressão não é uma surpresa. Ele antecipou esse cenário anos atrás e começou a se preparar para isso, incutindo na missão de sua denominação a função de usar tecnologia digital e comunicações para espalhar o Evangelho pelo mundo.
Agora que o YouTube proibiu permanentemente o TruNews, o pastor Wiles acha que é apenas uma questão de tempo até que seu noticiário seja banido pelo Facebook e pelo Twitter também, mas decidiu que não processará o YouTube.
“É a plataforma deles. Acredito na livre iniciativa, na liberdade de expressão e na associação. O Google é o proprietário do YouTube. Eles têm o direito de escolher quem querem ser vistos e ouvidos em sua plataforma. Eles têm um conteúdo muito anticristão, mas isso não os incomoda. Eu aproveitei a estrutura deles para espalhar o Evangelho. Eles agora estão bloqueando homens e mulheres que estão pregando uma mensagem descomprometida. O YouTube está lutando contra Deus. Seus braços não são longos o suficiente para vencer essa luta”, finalizou.