As atuações das igrejas católica e evangélicas durante a ditadura militar no Brasil está sendo investigada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), estabelecida pela presidência da República para avaliar os excessos contra os direitos humanos cometidos no período.
A CNV montará uma força-tarefa para investigar não apenas o papel dos líderes dessas denominações em relação à resistência, mas também compreender os casos dos religiosos que apoiavam os militares.
A primeira reunião, de acordo com informações da jornalista Mônica Bérgamo, da Folha, acontecerá nesta quinta-feira, 08/11.
O primeiro depoente será o evangélico Anivaldo Padilha, que foi delatado aos militares por pastores da igreja que frequentava à época do regime. Padilha acabou preso, torturado e exilado, deixando sua esposa grávida para trás. Devido a isso, só conheceu o filho, o ministro da Saúde Alexandre Padilha, oito anos após seu nascimento.
A coordenação dos trabalhos será feita por Paulo Sérgio Pinheiro, um dos integrantes da CNV. Entre os convidados para participar da força-tarefa, estão pesquisadores autônomos e teólogos.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+