Não é possível dizer que existe liberdade religiosa na China, uma vez que o funcionamento das igrejas em seu território é monitorado pelo regime político que controla o país, o comunismo.
Para que um templo cristão abra suas portas sem correr o risco de fechar, a igreja precisa se adequar às regras estabelecidas pelo Partido Comunista Chinês, e elas têm se intensificado nos últimos anos.
Uma das medidas do Governo chinês que visa suprimir o crescimento do cristianismo no país é o controle da venda de Bíblias. Recentemente, por exemplo, os sites do país foram proibidos de comercializar às Escrituras Sagradas.
Visando facilitar o acesso à Palavra de Deus, especialmente para populações mais carentes, diversos missionários e pastores cristãos levam Bíblias clandestinamente para a China. Um deles é John Sanqiang Cao, que já está preso há quase dois anos nas celas do regime comunista do país.
O pastor John tentou entrar na China junto com outro amigo, em março de 2017, usando uma jangada de bambu, vindo de Mianmar. Ele já havia feito essa viagem várias vezes, atravessando suprimentos básicos. Dessa vez, porém, agentes do Governo prenderam o líder cristão alegando que ele estava levando Bíblias para o país.
Atualmente uma nova decisão judicial condenou o pastor John a sete anos de prisão, segundo informações de Jay Sekulow, conselheiro-chefe da ACLJ, citado pelo Christian News Headlines.
A decisão provocou a criação de uma petição internacional pedindo a libertação do pastor, que possui residência fixa nos Estados Unidos, mas que há 20 anos auxilia os cristãos chineses, inclusive com ações humanitárias, colaborando para a construção de escolas que já beneficiaram cerca de 2 mil alunos.
“O pastor John não deveria passar mais um dia horrível naquela prisão simplesmente por causa de sua fé e desejo de ajudar os outros”, diz um trecho da petição.
“Estamos ativamente e agressivamente pedindo ao governo chinês que liberte o pastor John e permita que ele volte para casa nos Estados Unidos para se reunir com sua esposa e filhos”, acrescenta o texto.