A Convenção Batista Brasileira (CBB) decidiu excluir a Igreja Batista do Pinheiro (IBP) de seu rol de filiados, por conta da decisão tomada pela congregação alagoana em batizar homossexuais e aceitá-los como membros sem ressalvas por suas escolhas.
A decisão foi tomada no último sábado, 09 de julho, em uma assembleia extraordinária realizada na cidade de Vitória (ES). O pastor da IBP, Wellington Santos, comentou a decisão considerando-a um “retrocesso”.
A CBB, entidade representativa das igrejas batistas no Brasil, é responsável pelo padrão doutrinário da denominação e é conhecida por manter uma rígida postura de vigilância quanto à conduta das congregações filiadas.
“O único motivo para essa exclusão é o batismo de homossexuais. Nós sempre fomos uma igreja de vanguarda, ecumênica, assim como deve ser a igreja Batista. Fazemos parte da Convenção desde os anos 70. Sofremos sanção quando decidimos aceitar irmãos homoafetivos. O processo todo de exclusão levou impressionantes 90 dias, quando normalmente seria feito em pelo menos 10 anos”, afirmou Santos, em entrevista ao G1.
A IBP havia passado a batizar homossexuais após uma assembleia interna, realizada em fevereiro, quando os membros decidiram que a igreja deveria dar um passo em direção à recepção dessas pessoas. Desde então, líderes e membros passaram a ser alvo de críticas e ameaças, de acordo com o pastor Santos.
A CBB, no entanto, apresentou como argumentos para realizar a exclusão da IBP a desobediência da congregação à constituição da convenção e à Bíblia Sagrada: “A diretoria da CBB entende que a Igreja Batista do Pinheiro tem seu direito à autonomia […], mas ao tomar isoladamente esta decisão, desconsiderou o espírito cooperativo e participante entre as igrejas batistas e expôs a denominação diante de uma situação desconfortável perante à mídia como se agora os batistas aceitassem livremente como membros de suas igrejas pessoas homoafetivas”, diz trecho da decisão da entidade.
A decisão da CBB pode ser lida na íntegra neste link.