A ideologia de gênero vem sendo vendida na mídia como o novo símbolo de modernidade e evolução. Sem se importar com as consequências que essa relativização da biologia pode causar na sociedade, a agenda “progressista” vem se infiltrando inclusive no ambiente infantil, como mostrou uma extensa reportagem do Fantástico exibido ontem, 08 de outubro, pela TV Globo.
A emissora da família Marinho é uma das principais difusoras da ideologia de gênero no Brasil. Com a receita de sempre, a Globo faz sua doutrinação sobre o tema com a novela A Força do Querer e expande o assunto para os demais programas. Meses atrás, o projeto Criança Esperança, pela primeira vez adotou o tema em sua campanha.
Na reportagem exibida no último domingo, o Fantástico contou a história de um casal que tem dois filhos e veste um deles como menina, e uma escola que incentiva as crianças a se vestirem como bem entendem em festas e atividades. Curiosamente, os casos mostrados foram todos de meninos que se vestem como meninas.
Ao longo da matéria, a repórter Ana Carolina Raimundi entrevistou uma cineasta, uma diretora de escola e um psiquiatra, todos defensores da proposta. Nenhum profissional que se oponha a essa agenda foi ouvido para contrabalançar as ideias, o que levou milhões de internautas nas redes sociais a comentarem a postura parcial do programa dominical.
“A gente não coloca a criança numa caixa, deixa livre para ela ser o que quiser”, afirma Anne, que ao lado do marido Thiago, cria os dois filhos meninos de modo diferentes. A mesma proposta é apresentada por Estela Renner, que lançará um documentário chamado Repense o Elogio criticando quem tem uma filha e a chama de “princesa”, pois isso seria uma forma de estabelecer estereótipos.
Levando a receita de doutrinação à risca, a reportagem mostra o psiquiatra Alexandre Saadeh, da Universidade de São Paulo (USP), como a voz do especialista, referendando todo o conteúdo mostrado até aquele momento. Em sua visão, os pais devem deixar as crianças fazerem “o que quiserem”.
Maíra Kubik, professora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, derrama uma série de frases de efeito dos movimentos de esquerda com viés feminista, alegando que meninos criados com brinquedos e roupas de menino, e meninas na mesma situação, perpetuam a desigualdade salarial no trabalho quando estes forem adultos.
Mariana Carvalho, diretora de uma escola particular do Rio de Janeiro, afirma que no estabelecimento as crianças não precisam seguir regras. “O que importa é ser feliz”, repete a educadora, como um mantra.
Assista a reportagem:
Bial e a pedofilia
Pedro Bial, jornalista e apresentador de talk-show, cunhou sua pose de intelectual com textos pretensamente filosóficos nas despedidas de integrantes do reality show Big Brother Brasil. Desde então, vem tentando fazer crer que qualquer visão de mundo fora da que a emissora vende é obscurantista e retrógrada.
Na semana passada, no programa Conversa com Bial, o apresentador comentou com dois entrevistados a polêmica em torno das exposições de arte que foram acusadas de apologia à pedofilia, e sem a menor cerimônia, considerou que não viu nada que sugerisse a erotização infantil.
A psicóloga Rosely Sayão, uma das entrevistadas, foi irônica ao comentar os casos: “Nossa! Se houve eu não sei mais o que é pedofilia [risos]. Claro que não. Sequer havia qualquer traço de erotismo naquela performance. Havia um homem nu e pronto, só isso […] Pedofilia é qualquer ato, atitude… pode ser um discurso também, que incite uma criança a ter atos eróticos com outra pessoa, um adulto”, minimizou.
O curador de exposições Marcello Dantas afirmou que quem protesta contra esses eventos, rotulados de artísticos pelos entusiastas das ideologias de esquerda, são pessoas com motivações políticas.
“É a nudez o problema disso? Será que é isso que está incomodando tanto as pessoas? Pelo amor de Deus, que país é esse? De verdade, o que eu acho que está em jogo aqui é poder. Eu acho que é uma disputa política. Eu acho que está se buscando todo tipo de bode expiatório para colocar diante de um cenário onde você tem um vazio de líderes com bom senso, existem grupos que estão organizados, tentando ir atrás de qualquer espécie de bode expiatório”, disse, distorcendo as palavras de quem se manifestou contra de forma espontânea.
Nas redes sociais, a psicóloga Marisa Lobo criticou a postura adotada pela emissora: “A Globo agora está tentando fazer você aceitar como normal uma criança tocar um adulto nu em nome da arte? O programa foi manipulador, mentiroso , ativista, Bial foi infelizmente um idiota útil nas mãos de uma esquerda libertina e cruel que não poupa esforços para destruir o povo de bem que luta para conservar seus valores e proteger suas crianças”.