A igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) vem trabalhando em um forte plano de expansão, mas a crise econômica que assola o país há aproximadamente três anos afetou a capacidade de investimento da denominação liderada pelo pastor Silas Malafaia.
Há pouco mais de seis meses, Malafaia inaugurou uma filial da ADVEC em São Paulo, num espaço provisório, mas com capacidade de receber quatro mil pessoas. O templo definitivo está em obras, próximo do local atual, e deverá receber nove mil fiéis nos cultos.
Entretanto, o jornalista Guilherme Amado, de O Globo, informou que o projeto de expansão nacional de Malafaia precisou ser revisto: “A crise econômica pegou de jeito as igrejas evangélicas. A oferta de dízimo diminuiu pesadamente em 2016 e segue em queda em 2017”, noticiou.
“Silas Malafaia, que até então não havia sido atingido, teve que reduzir nos últimos meses o ritmo de reformas e construções de novas unidades da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. A média mensal antes da crise era, entre reformas e construções, dez frentes de obras simultâneas. Agora, a média caiu para três por mês”, acrescentou o jornalista.
Mentiras
Em maio desse ano, um jornalista da revista Veja afirmou que o pastor Silas Malafaia pretendia penhorar a sede da ADVEC para obter um empréstimo de R$ 10 milhões, que seriam usados para sanar dívidas.
“A revista Veja mente. O jornalista deturpou, maldosamente, o que eu falei para ele. A igreja da qual sou pastor não está penhorando nada. Não tem nada penhorado em lugar nenhum”, negou Malafaia, enfaticamente.
“Eu disse para esse camarada o seguinte: a editora Central Gospel, que eu sou dono, está atravessando, por causa da crise no país, um momento dificílimo. Eu tenho patrimônio para apanhar dinheiro emprestado e estou negociando com o banco dar a garantia do patrimônio da editora Central Gospel, para apanhar um capital de giro. Coisa normalíssima”, explicou.
O crescimento da ADVEC (antiga Assembleia de Deus na Penha-RJ) foi tema de uma extensa matéria da revista Exame em dezembro do ano passado, quando o pastor Silas Malafaia foi comparado a um CEO de empresas, por causa do planejamento detalhado e da sistemática de trabalho oferecida aos pastores.