Os cristãos que vivem na Nigéria estão enfrentando dias terríveis de perseguição religiosa por amor a Jesus Cristo. A onda de ataques promovida por terroristas islâmicos no país africano já não faz diferença entre adultos e crianças, mulheres, homens ou idosos.
No caso mais recente, um cristão idoso de 87 anos foi esquartejado por integrantes da etnia fulani no estado de Kaduna, uma ex-colônia britânica localizada no centro-norte do país.
Segundo informações do Morning Star News, uma organização missionária que monitora os casos de perseguição religiosa em vários países, o ataque ocorreu no último dia 14 por volta das 16h30 (horário local).
O idoso foi identificado como Monday Kura, de 87 anos. Além dele também foi morto outro cristão chamado Emmanuel Agom, de 48 anos. Os dois estavam dormindo no momento em que foram atacados e ambos eram membros da Igreja Evangélica Reformada de Cristo.
“Precisamos de suas orações, pois minha vila está pegando fogo e não estamos recebendo nenhuma proteção do governo”, afirmou um morador local chamado Gabriel Yakubu.
Rotina
A perseguição aos cristãos por terroristas islâmicos na Nigéria chegou ao nível do genocídio, segundo autoridades religiosas e de organizações internacionais que atuam no país.
Um local de acolhimento chamado Centro Shalom foi criado com o apoio da organização Portas Abertas para abrigar os cristãos refugiados da perseguição no país.
O pastor de uma igreja localizada no estado de Yobe, chamado Dogo, comentou a baixa de membros que a sua congregação sofreu com a série de atentados.
“A igreja que eu estava pastoreando a partir de então, que costumava ter cerca de 700 pessoas aos domingos, ficou reduzida para 100 ou até menos. Eles apenas correm e saem do estado. Eles fugiram para Plateau e para alguma outra parte central do país”, disse ele.
Dacholom Datiri, presidente da Igreja de Cristo na Nigéria, também relatou o cenário de horror criado pelos terroristas islâmicos, algo que ele considera existir também pela cumplicidade do governo.
“A devastação em termos de massacre de vidas e destruição de propriedades é inimaginável. Pastores e membros de igrejas foram mortos aos milhares a sangue frio, mortos a tiro ou abatidos como animais ou queimados até a morte. Casas e empresas foram queimadas ou saqueadas e fazendas foram destruídas”, disse ele.