A intolerância religiosa está presente em diversos países e a Índia é um dos locais onde os cristãos são mais perseguidos, segundo a organização Portas Abertas. Um exemplo recente ocorreu no dia 07 de junho no distrito de Khunti, no estado de Jharkhand.
Kande Mudu, de 27 anos,. se converteu fazia 4 anos e era crente junto com sua família. Morava numa aldeia da região e sofriam constantes opressões, pois eram os únicos cristãos do local.
Eles já tinham sofrido ataques violentos, mas esse chegou a ser fatal para toda a família, causando a morte de Mudu. Radicais hindus invadiram sua residência e Mudu ao perceber que dessa vez poderia não escapar, disse a sua esposa que jamais desistisse da sua fé.
“Depois de ouvir os homens na porta da frente, meu marido sabia que nossas vidas estavam em perigo e que aqueles homens tinham más intenções”. Disse Bindu Mudu à CSW.
Ele sabia que naquele momento poderia ser morto e falou a Bindu, sua esposa: “Permaneça forte e nunca desista de sua fé em Jesus”.
O cristão foi morto degolado, mas a sua esposa, junto com suas duas filhas, conseguiu fugir e não pediram abrigo a nenhum vizinho após o assassinato, pois sabiam que eles não acolheriam nenhum cristão.
Até agora nenhum suspeito foi preso, mas a investigação continua em andamento. O diretor executivo da CSW, Mervyn Thomas, afirmou:
“Nossas mais profundas orações e condolências vão para a esposa do Sr. Mudu, Bindu, e sua família pela perda desse marido, pai e filho. O Sr. Mudu foi assassinado por causa de sua fé. Nós da CSW estamos cada vez mais preocupados com o assédio, discriminação e sofrimento implacáveis que os cristãos na Índia enfrentam.”
Thomas fez um apelo internacional para que a perseguição religiosa aos cristãos na Índia seja combatida com mais eficácia pelos governos e organizações de direitos humanos.
“A cultura do ódio contra as minorias religiosas e a impunidade que cerca os ataques contra elas estão se espalhando por toda a Índia. Isso deve ser tratado com urgência, e instamos as autoridades de Jharkhand e o governo central a desenvolver um plano de ação”, concluiu.