A perseguição religiosa aos cristãos tem sido um adicional de extrema preocupação para a vida de quem já enfrenta a pandemia do novo coronavírus, e ainda tem que lidar com o radicalismo de pessoas, por exemplo, da etnia Fulani, na Nigéria.
Segundo informações da organização Barnabas Fund, sete cristãos foram queimados vivos enquanto estavam de quarentena em suas casa, na Nigéria, após um ataque feito por radiciais.
O ataque ocorreu em uma aldeia no estado de Plateau, região onde outros episódios de agressão aos cristãos já ocorreram. Cerca de 300 radicais tocaram fogo nas casas da vila Hukke, perto da cidade de Jos, no começo desse mês.
A maioria dos mortos não conseguiu fugir do local, pois muitos eram idosos com mais de 67 anos e outro de 90. “Enquanto o ataque durou, por mais de duas horas, uma força de segurança veio composta por alguns policiais”, afirmou um pastor local.
O líder religioso, no entanto, criticou a forma com que os agentes de segurança abordaram a situação, demonstrando aparente desinteresse em ajudar os cristãos atacados. “Eles simplesmente pararam à distância e continuaram atirando no ar e acabaram saindo”, detalhou o pastor.
Em 1º de abril, a vila de Nkeidoro, outro ataque dos radicais também afetou cristãos da região. Muitos tiveram que deixar suas casas e seis deles ficaram mortos.
O grupo da etnia Fulani ficou conhecido nos últimos anos pelo radicalismo, em boa parte influenciado pela facção terrorista Boko Haram, também conhecida como o Estado Islâmico da África.
“Acabei de sair de casa naquela noite, por volta das 19 horas, quando vi movimentos no escuro. Perguntei: ‘Quem são esses?’ Então eu ouvi os tiros. Eu me virei e fugi e fui atingido por uma bala e caí. Havia cerca de dez deles no caminho que leva ao rio”, afirmou Abah Yoki, um morador de 50 anos de Nkeidoro.
“Não consegui distinguir nenhum dos rostos deles, mas ouvi uma ordem dada na língua fulani”, afirmou a testemunha, segundo a Barnabas.