A cantora Daniela Mercury adotou de vez sua faceta polêmica e voltou a fazer apologia à legalização do aborto durante sua apresentação no carnaval de Salvador (BA).
Com uma fantasia macabra que mesclava o visual das bruxas de contos infantis com referências às estórias de ficção sobre zumbis, Daniela Mercury saiu de dentro de um caixão para fazer sua performance.
Cercada por dançarinos vestidos como caveira, a cantora interpretou sua nova música, “Rainha Má”, com uma performance que deixou perplexos muitos dos foliões, de acordo com informações do G1.
Ao passar em frente aos camarotes, Daniela fez sua apologia à legalização do aborto de forma silenciosa. Os dançarinos que a acompanhavam levantaram cartazes com mensagens a favor da liberdade de interrupção da gravidez: “O corpo é meu”, “Me respeite”, “Eu não aceito ser estuprada” e “Descriminalização do aborto”.
A cantora baiana assumiu uma relação homossexual a pouco mais de um ano, com a jornalista Malu Verçosa, e ao mesmo tempo, protagonizou um bate-boca público com o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a quem acusou de ser “incapaz de amar” por conta de suas posturas contra o casamento gay e a legalização do aborto.
“Ele mostra preconceito contra os negros. O que é isso? Mais de 50% desse país é negro. Vá pra ‘pqp’. Se tem algum diabo aqui, é ele”, esbravejou a cantora durante uma apresentação no Rio de Janeiro.
Em um dos episódios de maior excesso da cantora, Daniela afirmou que “quem precisa de pastores são as ovelhas” e disse que os programas evangélicos na TV são ilegais.
“Porque os seres humanos inventam tantas separações para seres iguais? Porque buscam maneiras de se valorizar mais que os outros? Quem precisa de pastores são ovelhas. Mais professores e educação para o convívio em sociedade. A gente está precisando se responsabilizar pela vida na terra, reza-se muito e se faz pouco pela paz aqui. Deus não quer dinheiro de ninguém”, afirmou, criticando os pedidos de doação feitos nos programas e também nos púlpitos.