Arqueólogos israelenses estão mais uma vez eufóricos após uma série de descobertas que revelaram vários objetos da época de Jesus Cristo e também do Império Bizantino. Os achados foram divulgados no domingo, dia 19, e já tem repercutido mundialmente como uma das mais importantes descobertas da arqueologia moderna, evidenciando inclusive a perseguição aos cristãos pelos persas no século VII dC.
Chamou atenção dos arqueólogos uma bolsa, aparentemente escondida entre os escombros de um edifício de dois andares, que teria servido de abrigo aos peregrinos cristãos que estavam a caminho de Jerusalém. A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), órgão responsável pelas investigações, não teve dificuldade em datar as relíquias porque as moedas possuem a impressão visível dos imperadores Justiniano (483-565 AD), Maurício I (539-602 CE) e Flávio Focas Augusto (547-610 CE).
“O tesouro foi encontrado entre pedras grandes que tinham desmoronado ao lado do edifício. Parece que, em um momento de perigo, o dono das moedas as colocou em uma bolsa de pano, que ele escondeu dentro de um buraco na parede. Provavelmente esperava voltar e recolher seu dinheiro”, disse Annette Landes-Nagar, responsável pelas escavações.
Devido a invasão Sassânida, entre 602 e 628 dC, os arqueólogos acreditam que o local das escavações se trata de um esconderijo construído pelos cristãos perseguidos pelos persas, momento que encerrou o poderio do Império Romano até então.
Recentemente, em 20 de março, noticiamos que vários objetos também foram encontrados, datados do século primeiro, época em que Jesus Cristo viveu com seus discípulos, confirmando, assim, vários relatos bíblicos sobre os usos e costumes da época. “Esta descoberta constitui uma prova da invasão persa no fim do período bizantino, que levou ao abandono deste local cristão”, disse Gideon Avni, diretor responsável pelo departamento de antiguidades de Israel, segundo a VEJA.
Com a datação precisa das moedas encontradas, as evidências arqueológicas se conectam, estabelecendo uma linha histórica coerente de acontecimentos, aumentando ainda mais a confiabilidade dos relatos bíblicos quanto aos alertas de perseguição aos cristãos e, por consequência, dos que já haviam acontecido.