Apesar da resistência por parte do ativismo LGBT+, o caso de uma designer cristã que se recusou a fazer serviço em prol do “casamento gay” deverá ser finalmente julgado na Suprema Corte dos Estados Unidos, o que significa que entre os juízes estará a magistrada Amy Coney Barrett.
Se trata da designer Lorie Smith, que trabalha com a criação de conteúdos na internet. Ela foi solicitada para fazer um site pró-casamento gay, o que contraria a sua consciência, já que é uma cristã. Por causa disso, a profissional acabou sendo processada com base numa lei “antidiscriminação” aprovada no estado do Colorado, onde reside.
Contudo, a Primeira Emenda da Constituição dos EUA garante que nenhum cidadão poderá ter o seu direito à liberdade de expressão e consciência violados, motivo pelo qual o caso foi parar na Suprema Corte.
“Quero criar expressões e obras de arte únicas e quero criar sites – de casamento – especificamente consistentes com minha fé”, disse Smith à Fox News. “Mas o estado do Colorado está obrigando e controlando meu discurso.”
“Isso viola o cerne de quem eu sou e no cerne deste caso está o direito de todos falarem livremente. Isso protege não apenas a mim, porque protege também o web designer LGBT que não deve ser forçado a criar obras de arte personalizadas que se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo”, explica Smith.
Juíza cristã
Uma das juízas que deverá analisar o caso da designer cristã é Amy Coney Barrett, uma conservadora declarada indicada para a Suprema Corte dos EUA pelo então presidente Donald Trump. Por causa disso, ativistas LGBTs tentaram lhe rotular como incapaz de atuar no julgamento.
Felizmente, a vontade dos ativistas não prevaleceu, e Lorie Smith poderá, sim, ter o seu caso julgado por Barrett e os demais ministros da Corte. A tendência é que o seu direito de se recusar a fazer um serviço que endossa o “casamento” gay seja garantido.
“Ninguém deve ser punido por se comunicar, falar e criar obras de arte personalizadas que vão contra ao que acredita”, diz a designer, segundo a Fox News. “Eu atendo pessoas de todas as esferas da vida e tenho clientes que se identificam como LGBTs, mas não posso criar todas as mensagens solicitadas a mim.”