A guerra de narrativas envolvendo a sexualidade de crianças e adolescentes deixou de passar longe do universo infantil. Agora mais do que nunca, empresas como a Walt Disney Company resolveram assumir de vez o que defendem, entrando na disputa pela promoção da ideologia de gênero dentro e fora dos seus produtos.
Recentemente, por exemplo, o chefe de Recursos Humanos da Disney, Paul Richardson, comunicou que a empresa é contra um projeto de lei que visa tratar a “mudança de sexo” em crianças como abuso infantil.
A “mudança de sexo” é uma expressão popular geralmente utilizada para se referir ao que os ativistas LGBTs também chamam de “transição sexual”, “redesignação de gênero” ou “transição de gênero”.
Na prática, no entanto, a mudança de sexo não existe, uma vez que o sexo biológico é definido geneticamente e, portanto, imutável. O procedimento de transição, na realidade, consiste apenas de uma série de procedimentos estéticos, como a remoção de órgãos genitais, aplicação de silicone e/ou o uso de hormônios cruzados, além das alterações civis.
“Este procedimento cirúrgico altera fisicamente a genitália de uma criança para fins não médicos, potencialmente infligindo danos ao corpo de crianças”, disse Jaime Masters, comissária do Departamento de Família e Serviços de Proteção do Texas, estado que propõe a lei combatida pela Disney, segundo informações do portal Faith Wire.
Paul Richardson, por outro lado, disse que a sua gigante produtora de conteúdo infantil enxerga a “mudança de sexo” como parte dos “direitos humanos”, o que também deveria envolver crianças e adolescentes.
“Por causa de nossa presença no Texas, queremos que você saiba que assinamos a carta da Campanha de Direitos Humanos contra o projeto de lei do Texas que criminaliza os pais que fornecem para seus filhos transgêneros cuidados de afirmação de gênero”, disse ele.
Não é a primeira vez que a Disney se posiciona em favor da ideologia de gênero e de outras pautas LGBTs. Há anos a empresa vem inserindo em seus conteúdos personagens que dão visibilidade à causa, motivo pelo qual pastores em várias partes do mundo vêm alertando os pais cristãos.
Este mês, por exemplo, a Disney cedeu à pressão dos funcionários LGBTs que haviam reclamado da falta de uma cena de beijo gay no novo desenho da franquia Toy Story.