Segundo várias interpretações da doutrina islâmica, se converter ao cristianismo ou a qualquer outra religião significa um ato de apostasia digno de punição, algo que infelizmente tem feito vítimas em países como Uganda, onde apesar de apenas 12% da população ser composta por muçulmanos, o radicalismo também é uma realidade.
Em um caso recente, por exemplo, pai, esposa e a filha de apenas 13 anos foram covardemente atacados por anunciarem a fé em Jesus Cristo. Os próprios familiares muçulmanos trataram de punir os recém-convertidos jogando ácido em seus corpos.
Juma Waiswa, sua esposa Nasimu Naigaga e a filha Amina Nagudi deixaram o islamismo após conhecerem as verdades bíblicas sobre Jesus Cristo em fevereiro desse ano. Eles aprenderam sobre o evangelho com um pastor local, na vila de Intonko, segundo informações da Uganda Christian News.
Após a conversão, o pai disse que os seus familiares foram até a sua residência para questioná-los. Mesmo ciente das possíveis consequências, os novos cristãos não abdicaram da fé em Jesus.
“Nos perguntaram sobre nossa salvação e afirmamos a eles que acreditamos em Jesus e nos convertemos ao cristianismo. Eles nos disseram para renunciar a Jesus, mas mantivemos a fé recém-fundada em Jesus”, contou Juma.
A recusa para renunciar a Cristo despertou a fúria dos parentes muçulmanos, que passaram a agredir a família utilizando objetos como tacos de madeira. Tudo, segundo eles, baseado nas orientações do próprio livro islâmico, o Alcorão.
“Quando nos recusamos a renunciar à nossa fé em Jesus, meu pai Arajabu, recitou alguns versos do Alcorão, e depois disso eles começaram a nos bater com paus conforme prescrito no Alcorão, alegando que éramos apóstatas”, contou o pai.
“Como isso não era suficiente, meu pai entrou na sala e pegou uma garrafa de ácido e começou a borrifar em nós, enquanto o grupo começou a gritar: ‘Allah Akbar [Deus é maior], você merece a morte’, e então nos deserdou”, completou Juma.
Juma e sua família conseguiram fugir do local, mas já haviam sido atingidos pelo ácido, que passou a corroer a carne dos seus rostos. Eles foram acolhidos pelo pastor da igreja local e levados ao hospital, onde ainda estão internados. O ataque ocorreu no início de março.