Fundada em 1977 por Edir Macedo, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) é considerada a maior do segmento neopentecostal no Brasil, com um número de membros estimados pela denominação em 8,3 milhões de pessoas, algo que pode fazer grande diferença no resultado da eleição presidencial marcada para o próximo domingo, após seu líder declarar apoio ao candidato Jair Messias Bolsonaro.
O bispo Edir Macedo, líder da IURD, manifestou publicamente o seu voto para Presidente da República no último sábado (29) em sua página oficial no Fecebook, após o questionamento de um internauta em um vídeo divulgado por Macedo.
“Queremos saber bispo do seu posicionamento sobre a eleição pra presidente”, escreveu o corretor de imóveis Antonio Mattos. Logo em seguida veio a resposta do bispo Macedo de forma curta e objetiva: “Bolsonaro”.
O mesmo internauta então comemorou a declaração de apoio de Edir Macedo a Jair Bolsonaro e ainda pediu que os líderes da Universal se posicionassem de forma mais explícita, destacando que essa não é apenas uma “luta política”.
“Concordo plenamente. Esta eleição não é apenas uma luta política. Avançamos atacando o mal todo o dia e ele está revoltado contra todo o nosso povo”, escreveu o eleitor, ressaltando também que a posição dos líderes poderá influenciar no voto dos indecisos.
“Seria interessante se o senhor e toda a cúpula da igreja viessem a público para exteriorizar esse pensamento. Eu sou a Universal e também estou com Bolsonaro, só que muitos de nossos membros ainda estão indecisos e uma palavra sua ajudaria muita gente a se decidir”, completou o internauta.
Segundo informações do UOL, o jornal O Estado de S. Paulo verificou ainda que em um possível segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), o PRB, partido ligado à Igreja Universal, poderá declarar apoio ao ex-capitão do Exército.
Apoio de peso
Outra liderança religiosa de bastante relevância no cenário político do país é o pastor Silas Malafaia. Já bastante conhecido por se posicionar abertamente sobre política nas redes sociais, em particular contra os que ele chama de “esquerdopatas”, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo foi mais abrangente em sua declaração de apoio a Jair Bolsonaro.
“Queria deixar uma coisa clara: nós não estamos votando em candidato a deus. Claro que Bolsonaro tem defeitos, limitações… Discordo de algumas coisas que ele fala. Mas, vamos lá, colocar na balança os prós e os contras”, disse o pastor em um vídeo recente.
“Se queremos ver uma nação melhor, um homem que teme a Deus, que tem liderança, não tem medo dessa imprensa esquerdopata, vergonhosa, que tenta denegrir o cara todo dia”, acrescenta pastor Silas, correlacionando o cenário de crise econômica no Brasil ao de países controlados por regimes autoritários.
“Não vamos brincar com isso. Não vamos deixar o Brasil virar uma Venezuela e uma Cuba […]. Eu quero ser profeta! Eu creio que o Brasil vai viver os melhores momentos, em nome de Jesus. E que Deus abra a mente do povo brasileiro para perceber essas coisas. 17 neles”, conclui.