A Disney acaba de lançar o filme Elementos, produzido pela Pixar, e as notícias para a empresa não são nada boas. As perdas com os projetos mais recentes de seus vários estúdios somam quase US$ 1 bilhão.
Elementos custou mais de US$ 200 milhões, e estreou em 16 de junho arrecadando apenas US$ 29,5 milhões em seu primeiro fim de semana nos Estados Unidos. Na semana seguinte, o valor somado foi 39% inferior no país: US$ 18,4 milhões. Se somadas as bilheterias em todo o mundo, o filme soma US$ 121 milhões de arrecadação.
Diante de mais um fracasso, analistas estão avaliando as perdas em aproximadamente US$ 890 milhões nos últimos anos, um valor que pode se acentuar caso Elementos não melhore seu desempenho nos cinemas.
O canal Valiant Renegade no YouTube, que analisa dados de bilheteria e mercado, avalia que a Disney “continua a errar o alvo com todos os estúdios que possui”.
Os filmes que precipitaram uma severa crise de fluxo de caixa foram, em ordem de lançamento: Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica, Lightyear, Thor: Amor e Trovão, Mundo Estranho, Pantera Negra – Wakanda Para Sempre, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, Guardiões da Galáxia Vol. 3, A Pequena Sereia e o mais recente, Elementos.
Essa série de filmes custou à Disney US$ 2,75 bilhões para serem produzidos, e ao todo, arrecadaram US$ 1,86 bilhão, deixando a Disney com um déficit de US$ 890 milhões.
Mundo Estranho, que conta a história de um relacionamento romântico entre dois personagens masculinos, perdeu impressionantes US$ 197 milhões nas bilheterias, enquanto Lightyear, que mostrou um beijo entre duas personagens femininas, perdeu US$ 106 milhões entre custo de produção e arrecadação de bilheteria.
A rejeição do público a Elementos se dá porque esse é o primeiro filme infantil da empresa a aderir à ideologia de gênero. Um dos principais personagens, Lake Ripple, que representa a água na história, é descrito como “não-binário”.
Outro ponto destacado por Valiant Renegade é que a Disney está abrindo mão de receita de licenciamento ao concentrar todos os seus filmes na plataforma de streaming Disney+, ao invés de arrecadar com a locação para empresas como Netflix e Amazon Prime Video.
Ofensa proposital?
De acordo com informações da Christian Broadcasting Network (CBN News), o pastor Mike Signorelli, líder da V1 Church em Nova York, disse que essa pode ser uma estratégia intencional da empresa para afastar o público conservador:
“Existe um conceito chamado ‘marca ofensiva’, que basicamente significa que você toma decisões que ofendem intencionalmente as pessoas que você não deseja que se envolvam com sua empresa”, pontuou Signorelli.
“Muitas vezes, você verá isso em barbearias ou salões onde eles aumentam drasticamente seus preços e estão ofendendo sua base de clientes existente porque acreditam que há outro tipo de cliente que pagará uma quantia exorbitante por esse corte de cabelo”, exemplificou.
Na avaliação desse pastor, a Disney estaria disposta a perder um público central porque seus líderes estão apostando em um futuro em que as ideologias esquerdistas sobre sexo, raça e religião serão dominantes: “Preciso que todos os cristãos da nação ouçam o que estou dizendo: a Disney está apostando que o mundo vai nessa direção e que eles vão perder dinheiro no curto prazo, mas depois vão ganhar no longo prazo”.
Em novembro do ano passado, Bob Iger voltou como CEO da Disney, substituindo o militante progressista Bob Chapek, que foi o responsável pela estratégia da empresa em atacar a lei de direitos dos pais na Flórida, uma legislação que proibia educadores de escolas públicas da pré-escola à terceira série ensinarem crianças sobre orientação sexual e identidade de gênero.
Em fevereiro deste ano, a empresa iniciou o que chamou de “reestruturação estratégica”, e em maio foi anunciada a demissão de 7 mil funcionários.