Dirigir um ônibus escolar era a ocupação diária de um pastor evangélico que orava enquanto transportava os alunos para suas casas. Porém, a empresa o tirou da atividade após receber queixas sobre a postura do funcionário.
O pastor George Nathaniel, 54 anos, dirigia um ônibus escolar da empresa Quality Care Transportation no estado de Minnesota (EUA), e tinha como hábito convidar os estudantes para uma oração enquanto estavam a caminho de casa.
De acordo com informações do portal Star Tribune, antes do atual afastamento, Nathaniel já havia sido demitido de outro emprego na escola de Burnsville há quatro anos por causa da mesma postura.
No entanto, o pastor alega estar sendo perseguido por causa de sua fé: “Você tem a liberdade de exercer suas crenças religiosas”, argumentou, dizendo que conforme criou um relacionamento com os alunos, eles mesmos iniciavam as orações. “Os próprios estudantes se ofereceram para começar a oração”, salientou.
A decisão da empresa Quality Care Transportation foi tomada como forma de prevenir que as queixas dos pais de alguns alunos se tornassem processo: “Ele não vai mudar. Seu foco principal é influenciar até mesmo uma pessoa a seguir o que ele acredita”, disse Muk Musa, dono da empresa.
A maioria dos estudantes em seu ônibus era de alunos russos e de famílias cristãs, o que torna o caso ainda mais peculiar. Os Estados Unidos têm vivido uma era de censura à religião, com grupos ativistas como a Freedom From Religion Foundation espalhando o conceito que fazer orações ou outros gestos de fé em público vai “contra a separação entre a Igreja e o Estado”.
Nos últimos anos, diversos casos de censura vêm sendo registrado pela mídia cristã nos Estados Unidos. Porém, em 2017, uma dessas iniciativas dos ativistas ateus teve efeito contrário em uma comunidade no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. O que deveria funcionar como uma barreira contra o fortalecimento da fé se transformou em um grande avivamento local.
Como em dezenas de outros casos, o treinador de futebol americano da escola East Coweta, John Small, foi notificado pela entidade Freedom From Religion Foundation que deveria interromper a prática das orações com os alunos, pois essa seria uma violação da laicidade do Estado.
Por outro lado, os alunos demonstraram engajamento com a manutenção da tradição de orar antes dos treinos e jogos, e passaram a convidar outros que não participavam a comparecerem às reuniões de oração no campo.
O público que compareceu ao estádio para acompanhar a primeira partida após a proibição também participou do momento de prece. “Nossos alunos fizeram um ótimo trabalho e lideraram uma oração com outros estudantes que estavam nas arquibancadas antes do jogo. Em vez de serem 100 jogadores orando, foram mais de 400 estudantes orando”, concluiu John Small.